O senador John McCain disse na sexta-feira que o presidente Barack Obama deveria se apressar em incluir os republicanos em seus planos, caso realmente queira receber apoio depois do acirrado debate em torno do pacote de estímulo econômico de 787 bilhões de dólares.

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McCain, derrotado na eleição presidencial de 2008, e outros republicanos se queixaram de serem relegados pela maioria democrata nas negociações sobre o pacote. O senador disse que o projeto estava repleto de gastos não-emergenciais, pelos quais as futuras gerações terão de pagar.

"Acho que a maioria das pessoas entende que isso foi um furto geracional", disse McCain a jornalistas.

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De acordo com ele, muitas outras questões exigirão um esforço bipartidário que estaria faltando até agora por parte de Obama e dos democratas em geral.

"Espero que tenham aprendido a lição", disse ele. "Espero que eles revertam o rumo, sentem, negociem desde o começo, para que a gente possa estar na decolagem, possa estar no pouso."

McCain encontrou Obama duas semanas depois da eleição de 4 de novembro e concordou na ocasião que "os norte-americanos de todos os partidos querem e precisam que seus líderes se unam e mudem os maus hábitos de Washington" para resolver desafios urgentes.

Obama inicialmente esperava uma fácil aprovação do pacote, que no entanto esbarrou nas queixas dos republicanos de que o governo estava dando ênfase excessiva aos gastos públicos, e pouca na redução de impostos.

Admitindo o rebaixamento das suas expectativas para a votação, Obama disse na quinta-feira: "Espero que eles ajam de forma bipartidária, mas não importa como ajam", a legislação deve ajudar a economia.

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O pacote de estímulo acabou sendo aprovado na Câmara sem nenhum voto republicano. No Senado, espera-se os votos dos republicanos moderados.

"Ninguém poderia ver isso como tendo uma centelha de bipartidarismo", disse McCain, que muitas vezes atrai críticas de seus colegas republicanos por sua tendência a trabalhar com o partido rival.

"A mensagem da eleição foi: 'Sentem-se e trabalhem juntos'. Eles obviamente não estão fazendo isso", afirmou.

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