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Diplomacia

Mediador abre caminho para negociação da Síria

Menino fotografado ao lado de escombros em um local que teria sido bombardeado pelas forças do governo sírio em Aleppo | Hosam Katan/Reuters
Menino fotografado ao lado de escombros em um local que teria sido bombardeado pelas forças do governo sírio em Aleppo (Foto: Hosam Katan/Reuters)

O mediador da Organização das Nações Unidas (ONU), Lakhdar Brahimi, se reuniria ontem separadamente com as delegações que representam o governo e a oposição da Síria, em um primeiro contato após a abertura do processo de paz na cidade suíça de Montreux.

A reunião vai acontecer na sede da ONU em Genebra, confirmou a porta-voz da organização, Corine Mommal-Vanian, que evitou dar qualquer informação relacionada ao início das negociações de paz.

O emissário especial da ONU e da Liga Árabe indicou que se reunirá com as duas delegações para analisar "qual é a melhor maneira de avançar". A ideia é tentar convencê-los a negociar hoje, em Genebra, uma solução para a guerra civil.

"Nós tivemos algumas indicações claras de que as partes estão dispostas a discutir questões de acesso a pessoas necessitadas, e a liberação de prisioneiros e cessar-fogos locais", disse Brahimi.

As discussões começaram na última quarta-feira e podem durar entre sete e dez dias, e serem retomadas depois de uma pausa, informaram membros da delegação russa citados pela agência Interfax.

O primeiro encontro, na quarta-feira, entre representantes do presidente Bashar Assad e membros da oposição no exílio, diante de 40 países e organizações internacionais, foi dominado pela retórica violenta dos dois lados. Reunidos pela primeira vez em quase três anos de guerra civil, cada lado acusou o outro de cometer atrocidades e não mostraram nenhum sinal de compromisso.

O futuro de Bashar Assad continua sendo o principal ponto de divergência, já que a oposição exige seu afastamento do poder e a formação de um governo de transição, o que o regime rejeita categoricamente.

Na falta de consenso, Brahimi pode optar em se concentrar na busca de medidas de ajuda a uma população que desde março de 2011 foi testemunha da morte de mais de 130 mil pessoas.

Em meio às complicadas negociações, uma ONG divulgou que os combates entre os rebeldes, em sua maioria islamitas, e os jihadistas do Estado Islâmico do Iraque e Levante, deixaram quase 1,4 mil mortos em 20 dias.

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