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Alocados em Khan Yunis observam fumaça de bombardeio na Faixa de Gaza
Alocados em Khan Yunis observam fumaça de bombardeio na Faixa de Gaza| Foto: EFE/EPA/HAITHAM IMAD

Os mediadores para uma trégua na Faixa de Gaza - Estados Unidos, Catar e Egito - anunciaram nesta sexta-feira (16) o fim de negociações “construtivas” em Doha, no Catar, e afirmaram que continuarão no Cairo as conversas sobre uma proposta dos EUA “que fecha as lacunas” entre Israel e o grupo terrorista Hamas.

Em declaração conjunta, os mediadores descreveram como “intensas, sérias e construtivas” as conversas com uma delegação de negociação israelense em Doha na quinta e nesta sexta-feira. Segundo eles, as negociações “ocorreram em um ambiente positivo”.

A nota enfatiza que “os EUA apresentaram hoje uma proposta às duas partes [Israel e Hamas], com o apoio do Catar e do Egito, que reduz as lacunas”, e garantiu que essa oferta “é consistente com os princípios [da proposta] do presidente dos EUA, Joe Biden”, anunciados em 31 de maio.

De acordo com a declaração, essa nova proposta dos EUA “baseia-se nos pontos de acordo alcançados e preenche as lacunas restantes de forma a permitir a rápida implementação do acordo” sobre o cessar-fogo em Gaza.

“As equipes técnicas continuarão a trabalhar nos próximos dias nos detalhes, incluindo os preparativos para implementar os detalhes humanitários”, bem como “aqueles relacionados aos reféns [israelenses] e prisioneiros” palestinos.

Nesse contexto, a nota enfatiza que “os altos funcionários dos governos se reunirão novamente no Cairo antes do final da semana que vem, na esperança de chegar a um acordo em conformidade com as condições propostas hoje”.

Os mediadores também lembraram no comunicado que “não há mais tempo a perder” e “não há desculpa para nenhuma das partes justificar mais atrasos”.

O Hamas, que tem seu escritório político em Doha, havia dito antes do início das conversas no Catar, na quinta-feira, que não participaria das reuniões, mas que estava aberto a se reunir com os mediadores, especialmente com Catar e Egito, se houvesse progresso.

Israel e o grupo terrorista palestino dizem que aceitam a proposta de Joe Biden, embora nas últimas semanas tanto o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, quanto os porta-vozes do Hamas tenham se acusado mutuamente de impor emendas ao plano do presidente dos EUA.

O Hamas tem insistido repetidamente que um acordo de cessar-fogo inclua a cessação definitiva das operações militares e a retirada total de Israel de Gaza, incluindo a passagem terrestre de Rafah e o corredor Filadélfia, ambos na fronteira da Faixa de Gaza com o Egito.

Nesta sexta-feira, o grupo terrorista expressou em comunicado insatisfação com o que foi discutido nas negociações em Doha, dizendo que o que soube sobre elas “não inclui um compromisso com o que ficou acertado em 2 de julho”, em referência à proposta original apresentada pelos Estados Unidos.

Por sua vez, Netanyahu exige, entre outras coisas, que um mecanismo de controle israelense seja implementado no corredor Netzarim - que divide o norte e o sul de Gaza desde o início da guerra - para garantir que os combatentes não se reagrupem no norte. Além disso, insiste na presença do Exército israelense no corredor Filadélfia para impedir o contrabando de armas.

Conteúdo editado por:Fábio Galão
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