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A perseguição a críticos da invasão na Ucrânia se intensificou na Rússia
A perseguição a críticos da invasão na Ucrânia se intensificou na Rússia| Foto: EFE/EPA/GAVRIIL GRIGOROV/SPUTNIK/KREMLIN POOL

Uma pediatra de 68 anos foi condenada a cinco anos e meio de prisão na Rússia após ser acusada pela mãe de um paciente de criticar a invasão russa na Ucrânia durante uma consulta médica.

Um tribunal de Moscou, presidido pela juíza Olga Fedina, considerou Nadejda Buïanova culpada, segundo informações de uma jornalista da agência AFP presente na Corte.

De acordo com a agência de notícias francesa, a acusação contra a médica partiu de uma mãe de um de seus pacientes de sete anos, que denunciou a pediatra por criticar a guerra na Ucrânia durante um atendimento. A acusadora é companheira de um soldado desaparecido na frente de batalha no território ucraniano.

A profissional da saúde teria dito à mãe de seu paciente que o marido dela, desaparecido na Ucrânia, “era um alvo legítimo” para as Forças Armadas ucranianas e que “a Rússia era um país agressor que atacava civis ucranianos”.

A pediatra rejeitou a versão da denunciante, descrevendo-a como “uma pessoa de caráter instável”, que saiu “nervosa e infeliz” de uma consulta para tratar a doença de seu filho.

De acordo com a AFP, a médica foi formalmente acusada em fevereiro e, em abril, colocada sob prisão acusada de “divulgar informações falsas sobre os militares russos", supostamente motivada por “ódio étnico”.

Um de seus advogados, Oscar Tcherdjiev, classificou a condenação como “dura e ilegal” na frente de jornalistas que acompanharam o caso no tribunal. Ele afirmou que "nenhuma prova foi apresentada!" contra a pediatra.

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