Os advogados do médico paquistanês condenado a 33 anos de prisão em seu país por ter ajudado a CIA a encontrar Osama Bin Laden, morto em maio de 2011 por um comando americano no norte do Paquistão, recorreram nesta sexta-feira da sentença.
O cirurgião Shakeel Afridi foi condenado por ter lançado uma falsa campanha de vacinação em Abbottabad, cidade onde Bin Laden estava escondido com suas esposas e filhos, para conseguir uma amostra de DNA da família.
No dia 23 de maio, foi condenado a 33 anos de prisão em primeira instância por um tribunal tribal do distrito semiautônomo de Khyber (noroeste do Paquistão), de onde é originário.
Os tribunais tribais, competentes nas zonas tribais semiautônomas do Paquistão, proíbem a presença de um advogado. Mas qualquer recurso se torna competência de jurisdições de direito comum, com a ajuda de um advogado de defesa.
Shakeel Afridi foi condenado por traição e complô contra o Estado por seus supostos vínculos com um grupo islamita armado, o Lashkar-e-islam, e não oficialmente por seus vínculos com a CIA, uma acusação que não compete a um tribunal tribal, segundo a sentença.
"Recorremos de sua condenação e questionamos ao mesmo tempo o veredicto e as acusações", indicou Idress Kamal, responsável pela associação Peace Movement, encarregada de sua defesa.
"Todas as acusações carecem de fundamento, Shakeel Afridi não tem nenhum vínculo com Lashkar-e-Islam" afirmou.
Bin Laden morreu na madrugada de 2 de maio de 2011 quando um comando especial americano invadiu a casa em que vivia, em Abbottabad. O comando das tropas de elite chegou em um helicóptero que invadiu o espaço aéreo paquistanês, sem comunicar a operação às autoridades nacionais.
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