O médico angolano Luís Gomes Sambo deixará a direção regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a África. A informação foi passada durante reunião do comitê, que começou hoje (3), em Cotonu, no Benin.
Ele já confirmou sua saída, após cumprir dois mandatos na liderança da estrutura regional da OMS, funções que assumiu no dia 1º de fevereiro de 2005. Durante a 64ª reunião do comitê africano, que integra 47 países, será feita a eleição do novo diretor regional, assim como o balanço das atividades desenvolvidas na região, entre 2012 e 2013.
Luís Gomes Sambo deixa a organização internacional no momento em que os esforços estão concentrados no combate à febre hemorrágica ebola, na África.
No final de setembro, em Luanda, o médico angolano advertia que a epidemia estava progredindo exponencialmente no Continente. "A situação é grave. É considerada atualmente como uma tragédia humana. A epidemia incidiu sobre países com sistemas de saúde muito frágeis", admitiu na ocasião.
Ele lembrou que a epidemia foi anunciada no dia 21 de março, após confirmação laboratorial, mas que os primeiros casos da doença, numa aldeia da Guiné Conacri, surgiram em dezembro de 2013.
Contudo, a OMS só foi oficialmente notificada em 13 de março. "Algumas populações na Guiné estavam escondendo os casos das pessoas infectadas com o vírus ebola. Algumas delas negavam a existência da doença, outras não confiavam nos serviços e agentes de saúde. E, assim, as notificações de casos diminuíram. Foi uma falsa informação que tivemos", reconheceu.
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