Um médico iraquiano que disse ter o objetivo apenas de assustar os britânicos foi condenado nesta terça-feira (16) por conspiração para assassinar com carros-bomba na Escócia e em Londres. Bilal Abdulla, de 29 anos, também foi condenado por conspirar para causar explosões no centro de Londres e no aeroporto de Glasgow. O neurologista Mohammed Asha, de 28, foi absolvido das mesmas acusações.
Os explosivos colocados em três diferentes veículos não explodiram. O indiano Kafeel Ahmed, de 28 anos, atacou o aeroporto de Glasgow com um jipe cheio de explosivos e morreu em conseqüência das queimaduras.
A polícia de Londres descobriu duas Mercedes cheias de explosivos, em 29 de junho do ano passado. Uma foi deixada perto de uma boate no centro londrino, e a outra perto de um ponto de ônibus. Nenhuma explodiu.
Os explosivos nos dois veículos foram encontrados por acaso - um quando paramédicos observaram um veículo soltando fumaça, e o outro após o carro ser guinchado por estacionamento irregular.
O incidente no aeroporto de Glasgow ocorreu no dia seguinte. Ahmed tentou dirigir o jipe através de uma entrada de pedestres. Quando não conseguiu, detonou bombas e colocou fogo no veículo. Abdulla, um muçulmano sunita nascido na Grã-Bretanha mas criado a maior parte do tempo no Iraque, afirmou que estava revoltado com a violência no Iraque, após a queda do ex-líder Saddam Hussein.
"Eu queria que as pessoas tivessem um gosto do que está ocorrendo, para eles sentirem o que as decisões de seus assassinos democraticamente eleitos fizeram com meu povo", testemunhou Abdullah. "Eu queria desafiar a idéia do governo de que a guerra traz a paz, que ataques preventivos trarão a paz a esse país."
Asha negou qualquer participação no plano. Os dois eram empregados do serviço de saúde nacional britânico. As informações são da Associated Press.