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Médico venezuelano diz que Chávez vive seus últimos dias

Um dia depois de o vice-presidente Nicolás Maduro informar que Hugo Chávez apresenta situação "delicada", o médico venezuelano Rafael Marquina afirmou nesta quarta-feira (2), em entrevista a radio colombiana Caracol, que o líder está "vivendo seus últimos dias". Marquina - que vive na Flórida - qualificou a última cirurgia realizada em Havana como um fracasso absoluto e disse que, graças às complicações do pós-operatório, o líder estaria à beira da morte.

O médico, assim com o jornalista Nelson Bocaranda, costuma divulgar informações não-oficiais pelo Twitter – muitas vezes rumores que não chegam a ser confirmados. Segundo ele, Chávez está tão deteriorado fisicamente que estaria irreconhecível.

"O mais provável é que ele esteja apresentado falhas renais e uma infecção pulmonar pouco comum. Mas o maior problema é que, com a situação delicada do paciente, seu sistema imunológico deve estar debilitado", afirmou durante a entrevista.

fo>Na terça-feira, antes do comunicado lido pelo vice-presidente da Venezuela, o site do jornal espanhol "ABC" chegou a afirmar que o líder venezuelano teria entrado em um coma induzido e que estaria "com as funções vitais muito debilitadas, mantidas graças a ajuda de aparelhos". O vice não comentou diretamente as informações.

Na madrugada desta quarta-feira, em entrevista ao canal Telesur, Maduro, atualizou a população sobre o estado de saúde do presidente venezuelano, e disse que a situação é complicada, mas que o líder está sendo assistido e que às vezes apresenta "ligeiras melhoras". Ele irá retornar à Venezuela nesta quarta-feira.

Para Marquina, no entanto, as recentes declarações "mais realistas" de Maduro, foram feitas porque os venezuelanos não acreditaram nos comunicados anteriores, que afirmavam que Chávez fazia exercícios e falava. Ele, no entanto, afirmou não acreditar que o presidente esteja morto, e rejeitou as afirmações de alguns opositores de que o governo estaria esperando apenas o momento mais oportuno para divulgar a morte do líder. "Não acredito que escondam a morte do presidente reeleito. O país e o mundo já estão preparados para isso", afirmou.

No dia 31 de dezembro, o show de fim de ano gratuito que seria realizado na principal praça de Caracas foi cancelado graças ao agravamento do estado de saúde do presidente venezuelano. Horas mais tarde, a prefeitura de Chacao também cancelou as comemorações previstas na Praça Altamira.

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