O estado de saúde do primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, era mais grave do que os médicos e assessores haviam informado desde que ele foi internado devido a um acidente vascular cerebral, em 18 de dezembro.
Segundo dados do diário 'Haaretz', além do problema cardíaco congênito que se detectou em Sharon após a internação, o primeiro-ministro estava sofrendo já naquele momento de transtornos cardíacos e cerebrais que foram mantidos em segredo pelos médicos.
Atualmente, Sharon, de 78 anos, se encontra ainda em coma, estado que se estabeleceu após novos problemas cerebrais e uma forte hemorragia sofrida no último dia 4.
Na época do acidente vascular cerebral, os médicos se limitaram a indicar que Sharon tinha um pequeno orifício de natureza congênita no septo, uma fina membrana que serve para dividir as cavidades do coração.
Mas o jornal israelense informa que já então se sabia que o estado de saúde de Sharon era muito mais grave do que se comentava, pois o primeiro-ministro apresentava um quadro de aneurisma no septo, que pode ter sido a fonte da hemorragia cerebral que o levou ao estado atual.
Sharon padecia também de outros graves transtornos do coração, como uma espécie de desvio pelo qual o sangue fluía em uma direção errada (da direita para a esquerda), o que é muito perigoso e pode causar problemas que eventualmente afetam o cérebro.
Um porta-voz do hospital Hadasah, de Jerusalém, onde Sharon está internado, minimizou as informações do 'Haaretz', dizendo que não nenhuma novidade nas informações.
- Tudo o que se diz no jornal já foi comentado no momento certo em entrevistas coletivas.