A garota de 14 anos vítima de ataque do Taleban se encontra na UTI e foi operada para a remoção de uma bala, afirmaram os médicos que cuidam dela.
Malala Yousufzai é conhecida por defender educação para meninas e divulgar atrocidades cometidas pelos extremistas islâmicos no Paquistão.
Os médicos estão considerando enviá-la ao exterior para ser tratada. O ataque a Malala foi amplamente condenado no exterior e no Paquistão por círculos esclarecidos e pelo governo.
Muitas escolas ficaram fechadas ontem em uma vigília ao redor do país e o ataque à menina horrorizou paquistaneses através do espectro político, étnico e religioso do país. O grupo Taleban, que assumiu a autoria do ataque, ainda tem apoio considerável no país.
O porta-voz da província onde ocorreu o atentado afirmou que há 70% de chance de ela responder ao tratamento e de dispensar outras cirurgias. Malala foi operada nesta madrugada para a retirada de uma bala em seu ombro.
A ativista estava em um ônibus com outras alunas que voltavam da escola quando foi atacada na cidade de Mingora, no Paquistão, na terça-feira.
No ano passado, Malala foi nomeada para o Prêmio Internacional da Paz Infantil, por seu respeitado trabalho de promoção da escolaridade entre meninas - algo que o Taleban repudia.
O grupo fundamentalista prometeu matar Malala.
O grupo assumiu a responsabilidade pelo crime, chamando as ideias da garota de "obscenas". "Esse era um novo capítulo de obscenidade, e nós temos que encerrar esse capítulo", disse na terça-feira o porta-voz do Taleban, Ahsanullah Ahsan.
O ônibus estava prestes a deixar a escola quando um homem barbudo aproximou-se e perguntou por Malala, afirmou Rasool Shah, o chefe de polícia da cidade. Uma garota apontou a ativista, que fingiu ser outra pessoa. O agressor então atirou nas duas, afirmou o chefe de polícia. A outra vítima está em condição estável.