A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) denunciou nesta terça-feira que os feridos e os próprios médicos estão sendo vítimas de agressões e ameaças em algumas localidades sírias, como Homs e Idlib.

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Uma equipe da MSF conseguiu entrar clandestinamente nestas cidades sírias, onde "podemos observar que os centros hospitalares foram militarizados. Isso significa que o acesso aos cuidados médicos depende do grupo e do lado que você está", afirmou Brice De Le Vingne, diretor de operações da MSF.

Outra responsável desta organização, Marie-Noëlle Rodriguez, indicou em comunicado que muitos médicos arriscam suas vidas para chegar até os centros sanitários e atender os feridos, ressaltando que "muitos colegas sírios deixaram a região de maneira forçada".

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Em nota, a MSF reconheceu que fracassou na hora de intervir oficialmente no conflito sírio e que não pôde chegar aos lugares mais afetados pelos combates.

A nota também traz o testemunho de um cirurgião ortopédico sírio, que teve sua identidade preservada. O médico, que trabalha na região de Idlib, afirma que ser "surpreendido com os pacientes, é como ser surpreendido com uma arma".

Além disso, a organização médica assinalou que a maior parte das instalações médicas vive uma atmosfera extremamente tensa pela proximidade dos combates e o temor à intervenção dos militares ou dos grupos armados da oposição.