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Rússia

Medvedev mantém oposição ao livre acesso às armas após massacre de Newtown

O primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev, afirmou nesta segunda-feira que mantém sua oposição ao livre acesso às armas de fogo após a morte de 27 pessoas em uma escola da cidade americana de Newtown.

"Que tragédia terrível. Estou completamente de acordo com aqueles que se opõem ao livre acesso às armas de fogo. Essa é minha postura desde o início", afirmou Medvedev em sua página da rede social Facebook.

Medvedev já tinha se manifestado recentemente contra a legalização da posse de armas na Rússia, ao considerar que a sociedade russa não está preparada para adotar essa tradição enraizada, segundo ele, na cultura política e legal americana.

Em 2010, quando ainda era presidente da Rússia, Medvedev endureceu tanto o controle sobre o uso de armas de fogo não letais como os castigos pelo tráfico ilegal de armamento e munição civil.

Hoje, o partido Rússia Justa propôs tipificar como delito penal a expedição de certificados médicos falsos para a aquisição de armas de fogo.

Em caso da Duma (Câmara dos Deputados) aprovar esse projeto de lei, os médicos que concederem esses certificados falsos poderão ser condenados a dois anos de prisão a partir do próximo 1º de janeiro.

Em julho, o vice-presidente do Senado russo, Aleksandr Torshin, propôs convocar um referendo sobre a legalização da posse de armas de fogo, iniciativa que foi rejeitada pelo Ministério do Interior.

"Minha casa, minha fortaleza. Quando o Estado é incapaz de garantir a segurança, a saúde e a propriedade dos cidadãos, surge a questão do uso das armas de fogo em defesa própria", assinalava o relatório apresentado então por Torshin perante o Senado.

Torshin, que estimou em cerca de 6 milhões o número de russos que possuem armas de fogo, assegurou que "os cidadãos que respeitam as leis devem ter direito à posse de armas curtas".

A oposição social-democrata e ultranacionalista expressou então seu apoio à legalização da posse de armas curtas, mas só para aqueles que tivessem cumprido o serviço militar.

Enquanto isso, a Associação de Proprietários de Armas Civis rejeitou a proposta, dizendo que a corrupção vigente na Rússia permitiria que qualquer extremista ou doente mental tivesse os requisitos necessários para adquirir uma arma.

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