Após declarações polêmicas do ministro das Finanças russo, Alexei Kudrin, o presidente Dmitry Medvedev disse nesta segunda-feira que "ninguém revogou a disciplina e a subordinação de seu governo". Em tom de bronca, ele pediu que seu ministro se demitisse, já que não concorda com a conduta do Kremlin.
"Essa declarações são impróprias...e não podem ser justificadas de maneira alguma. Alexei Leonidovich Kudrin, se você discorda da conduta do presidente, só há um caminho que você deve tomar: a renúncia."
Kudrin se rebelou no último domingo contra o plano de Vladimir Putin de fazer o presidente Medvedev seu primeiro-ministro, se retornar ao Kremlin. O ministro, que tinha ambições de ser o premier, disse que não trabalharia no próximo governo se Medvedev fosse nomeado à pasta.
Ele ainda acrescentou que tinha "desavenças" com Medvedev. O presidente vive um momento delicado, no qual luta para estabelecer sua credibilidade após ter sido forçado por Putin a renunciar à chance de um segundo mandato no comando do país. Investidores estrangeiros ficaram alarmados com o desprezo de Kudrin.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura