Meghan Markle revela pensamento suicida e sugere racismo na família real britânica

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Meghan Markle, esposa do príncipe Harry e duquesa de Sussex, revelou que teve pensamentos suicidas depois de entrar para a família real britânica, ao explicar por que o casal decidiu se afastar da realeza. Em entrevista à apresentadora americana Oprah Winfrey, que foi ao ar na noite de domingo (7), a atriz também sugeriu racismo por parte da família real.

"Naqueles meses em que estava grávida (...) tivemos uma série de conversas de que 'ele [filho do casal, Archie] não teria segurança, ele não teria título' e também preocupações e conversas sobre o quão escura sua pele seria quando ele nascesse", revelou Meghan, cuja mãe é afro-americana.

Sob essa pressão, Meghan disse que teve pensamentos suicidas. "Eu entendi que, não apenas eu não estava sendo protegida, mas que eles estavam dispostos a mentir para proteger outros membros da família, mas eles não estavam dispostos a dizer a verdade para proteger a mim e a meu marido”, disse Markle, que também revelou que está grávida de uma menina. "Eu simplesmente não queria mais estar viva. E esse era um pensamento constante, muito claro, real e assustador".

Ela ponderou, porém, que a rainha Elizabeth II "sempre foi maravilhosa" com ela e acolhedora. Em nenhum momento o casal fez acusações diretas a pessoas da família real.

No ano passado, Meghan e Harry se afastaram de suas funções oficiais como membros da realeza e foram morar na Califórnia, nos Estados Unidos. Em fevereiro, eles romperam totalmente os laços profissionais com a monarquia.

O príncipe Harry disse à Oprah que ficou desapontado com seu pai, o príncipe Charles, quando buscou apoio dele para enfrentar a pressão da família real e dos tabloides. "Eu me sinto muito desapontado porque ele passou por algo semelhante. Ele sabe como é a dor... Eu sempre vou amá-lo, mas as mágoas foram muitas".

Quem tem pensamentos suicidas e precisa de apoio emocional pode ligar para o CVV (Centro de Valorização da Vida) no número 188. Também é possível receber apoio emocional via internet (www.cvv.org.br), e-mail, chat e Skype 24 horas por dia.