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A primeira-dama dos Estados Unidos, Melania Trump, usava regularmente uma conta de e-mail privada da Trump Organization, um e-mail de um domínio MelaniaTrump.com, o iMessage e o aplicativo de mensagens criptografadas Signal enquanto já era primeira-dama, afirmou Stephanie Winston Wolkoff, sua ex-conselheira sênior.
"Melania e eu não usávamos e-mails da Casa Branca", disse Winston Wolkoff em entrevista ao The Washington Post após a publicação do livro "Melania e eu: a ascensão e queda de minha amizade com a primeira-dama".
O presidente Donald Trump passou grande parte da campanha eleitoral de 2016 chamando a atenção para a investigação do FBI sobre o uso de um servidor de e-mail privado por Hillary Clinton enquanto ela atuava como secretária de Estado. Ele chamava o caso de "pior do que Watergate", que derrubou nos anos 1970 o presidente Richard Nixon.
O Washington Post teve acesso a mensagens datadas após o início do governo vindas do e-mail privado e de contas de mensagens usadas por Melania Trump. As mensagens tinham discussões sobre contratações, cronogramas detalhados para o presidente e a primeira-dama durante as visitas a Israel e ao Japão, parcerias estratégicas para iniciativas de Melania e finanças para a cerimônia de posse presidencial.
Stephanie Wolkoff, uma experiente produtora de eventos da cidade de Nova York, participou do planejamento dessas ações. Os hábitos de uso de e-mail de Melania Trump não foram relatados anteriormente e não estão descritos no livro de Wolkoff. Ela disse ao Washington Post que deixou de fora do livro porque "tinha muito" sobre o que escrever e estava se concentrando em contar a história das interações pessoais com a primeira-dama e outras pessoas na Casa Branca.
Membros da administração Trump já enfrentaram investigação por usar e-mail privado. O Comitê de Supervisão da Câmara no ano passado começou a examinar o uso de contas privadas para negócios do governo por Ivanka Trump, filha mais velha do presidente, e seu marido, Jared Kushner. O secretário de comércio, Wilbur Ross, também usou e-mail privado para conduzir negócios governamentais.
Stephanie Wolkoff afirmou que decidiu discutir o uso do e-mail pessoal da primeira-dama - junto com gravações que fez de conversas com Melania - depois que a Casa Branca "atacou sua integridade" em resposta ao livro.