O clima mais ameno desta segunda-feira, nos Estados Unidos, ajudou as equipes a avançar nos trabalhos para conter a enorme mancha de petróleo causada pelo vazamento no Golfo do México. Três dias de tempestades impediram o uso de dispersantes químicos e a ida de navios a alto-mar para tentar contar a mancha. Mas, com a melhora do clima, um exército de 2,5 mil trabalhadores está preparado para instalar mais barreiras protetoras e, possivelmente, reativar as operações de queima.
"O clima naquela região está com menos vento e marés mais baixas sendo que a direção do vento está para o sudeste", disse o último relatório da Guarda Costeira americana. Uma mudança nos ventos também aumentou o risco para os turistas nas praias da Flórida.
Com a migração da mancha, as autoridades disseram que os planos preveem a abertura de uma segunda base aérea para tratar da sua dispersão. "É apenas uma medida preventiva, para que nós possamos atacar esse problema de qualquer lado que seja necessário", disse o funcionário da Guarda Costeira Curtis Thomas.
O relatório da Guarda Costeira confirmou que ainda não foram registrados impactos provocados pelo petróleo na costa dos Estados Unidos, embora não tenha sido possível realizar sobrevoos no final de semana, devido às tempestades.
Limpeza
A gigante do setor de energia BP PLC se comprometeu, nesta segunda-feira, a pagar "todos os custos necessários e apropriados de limpeza" pelo vazamento de óleo ocorrido no Golfo do México. A declaração ocorre após o governo dos EUA exigir que a BP faça mais para lidar com o vazamento, que ameaça uma grande área da costa da Luisiana. Segundo o governo do presidente Barack Obama, a responsável pelo vazamento é a companhia.
"A BP assume a responsabilidade por responder ao vazamento de óleo da (plataforma) Deepwater Horizon. Nós vamos limpá-lo." A empresa se comprometeu ainda a analisar todos os pedidos de compensação "rapidamente" e pagá-los quando forem justificados.