Transmissão do discurso do número dois do Hezbollah, Naim Qassem, no canal de TV al-Manar| Foto: EFE/EPA/WAEL HAMZEH
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As Forças de Defesa de Israel (FDI) informaram que os caças de sua força aérea atingiram novos alvos em Beirute, nesta segunda-feira (7), pertencentes à sede da inteligência do Hezbollah.

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Esses ataques, segundo os militares divulgaram nesta terça-feira (8), resultaram na morte de Suhail Hussein, chefe do quartel-general logístico do grupo xiita e membro do Conselho da Jihad, o principal órgão militar do Hezbollah.

As FDI afirmam que o comando de Husseini supervisionou a logística e o orçamento do Hezbollah para suas diversas unidades terroristas.

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“Husseini desempenhou um papel crucial nas transferências de armas entre o Irã e o Hezbollah e foi responsável pela distribuição de armamento avançado entre as unidades do Hezbollah, supervisionando tanto o transporte quanto a alocação dessas armas”, comunicaram.

Os caças israelenses também atacaram alvos pertencentes ao grupo no sul do Líbano e na região de Bekaa, no leste do país, enquanto o Exército expande suas operações terrestres no Líbano.

Israel destaca novas tropas para atuar nas operações terrestres contra o Hezbollah, no Líbano. Crédito: EFE/Exército de Israel | Foto: Ejército de Israel/EFE

A medida acrescenta milhares de tropas à ofensiva terrestre de Israel, com o número total de soldados destacados agora provavelmente ultrapassando 15.000, segundo o jornal Times of Israel.

Nesta segunda-feira, Israel informou que sua força aérea realizou outra operação extensa no sul do Líbano contra mais de 120 alvos terroristas pertencentes ao Hezbollah. Esses alvos integravam diferentes unidades do grupo libanês, incluindo sua força de elite, força de mísseis e comando de inteligência.

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Hezbollah diz que Israel será "derrotado" no Líbano

O vice-secretário geral do Hezbollah, Naim Qassem, afirmou nesta terça-feira (8) que Israel "não atingirá seus objetivos" e será "derrotado" no sul do Líbano e, embora apoie os esforços do presidente do Parlamento libanês, Nabih Berri, para conseguir um cessar-fogo, disse que, antes disso, "não há mais nada a fazer a não ser lutar".

"O inimigo acha que vai vencer. A única solução é a resistência, a firmeza e a união de nosso povo em torno de nós. E essa é a nossa escolha de vitória, derrotaremos Israel e ele não atingirá seus objetivos", disse o número dois do grupo em um discurso que marcou um ano desde o início do fogo cruzado entre Hezbollah e Israel, um dia após o início da guerra na Faixa de Gaza.

Qassem disse que a guerra "não afetou" a sua vontade e que os membros do Hezbollah estão "ampliando o alcance" de seus mísseis e aeronaves.

Por outro lado, o número dois do grupo terrorista disse apoiar "a ação política de Berri em prol de um cessar-fogo", mas afirmou que será somente após o cessar-fogo que todos os detalhes sobre o futuro do país serão discutidos.

"Antes de um cessar-fogo, não haverá espaço para discussão. Se o inimigo continuar a guerra, nós continuaremos", afirmou.

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Qassem mencionou novamente o fato de que a eleição do secretário-geral do Hezbollah ainda não foi concluída "de acordo com os mecanismos organizacionais", após a morte de Hassan Nasrallah, que liderou o grupo por 30 anos e foi alvo de um ataque israelense nos subúrbios do sul de Beirute, conhecidos como Dahieh.

"Nós o anunciaremos no devido tempo. As circunstâncias são difíceis e complexas por causa da guerra", justificou.

Desde a morte de Nasrallah, em 27 de setembro, Hashem Safi al-Din tem sido visto como um possível sucessor, embora não se tenha ouvido falar dele desde que Israel lançou um bombardeio em Dahieh, na semana passada, que pode tê-lo atingido. 

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]