Membros do Congresso norte-americano não se impressionaram com as recentes declarações de Edward Snowden pedindo o fim da espionagem em massa.

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Segundo o representante democrata Adam Schiff, Snowden deu início a um debate público importante, mas deveria ter permanecido nos EUA para demonstrar que acredita em suas convicções.

O republicano Mike Rogers, presidente da comissão de Inteligência da Câmara, disse que o vazamento de documentos classificados pôs em risco a segurança de tropas no Afeganistão e deu a países como China e Rússia informações valiosas sobre as operações dos serviços de inteligência norte-americanos.

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Os dois legisladores fizeram as declarações no programa de TV Fox News Sunday. O ex-técnico da Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos (NSA, na sigla em inglês) havia dito, durante uma entrevista de 14 horas ao jornal Washington Post, que estava trabalhando para melhorar a NSA, e não para destruir a agência.

Schiff se disse surpreso pelo fato de Snowden estar em um país onde não possui qualquer tipo de privacidade. "Não existe qualquer direito ou expectativa de privacidade na Rússia. Então, não acho sua mensagem particularmente tocante ou simpática", disse.

Ben Wizner, da União Americana de Liberdades Civis, disse que Snowden espera um dia voltar aos Estados Unidos. Se a lei permitisse que ele alegasse em sua defesa ter agido em interesse público, "ele se submeteria a um julgamento nesse tipo de sistema", afirmou.

Na entrevista ao Washington Post, Snowden disse que "já venceu" e atingiu seu objetivo. Para Wizner, a missão de Snowden era iniciar um debate entre o público, os tribunais e legisladores sobre o trabalho da NSA. "Ele fez sua parte", disse Wizner.

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