Começou ontem o julgamento do ex-presidente argentino Carlos Menem e de outras 12 pessoas acusadas de dificultar a investigação de um atentado a bomba em Buenos Aires em 1994. Menem foi apontado pelo promotor Alberto Nisman (encontrado morto com um tiro em janeiro deste ano) como mandante de uma manobra para obstruir a investigação e usar o caso contra inimigos políticos nos anos 1990.
Em 18 de julho de 1994, um atentado no edifício da associação judaica Amia matou 85 pessoas e deixou mais de 300 feridos. Segundo a acusação, o governo teria boicotado a investigação. Menem teria ordenado um suborno a uma das testemunhas, para que mentisse em depoimento. A hipótese é que Menem tentou usar a testemunha para acusar inimigos políticos, de olho nas eleições de 1999. Aos 85 anos, o senador alegou problemas de saúde e não compareceu ao primeiro dia de julgamento.