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Uma menina de 12 anos foi vítima de um estupro coletivo em um subúrbio de Paris, crime pelo qual um grupo de adolescentes foi formalmente acusado na noite desta terça-feira (18).
Além da violência física, a adolescente também foi alvo de uma série de insultos antissemitas, segundo relataram as autoridades francesas.
A promotoria de Nanterre acusou dois jovens de 13 anos por estupro, ameaças de morte, insultos e violência antissemita. Outros 12 foram declarados "testemunhas assistidas" do estupro e acusados por outros crimes.
O episódio chocante ganhou destaque na campanha para as eleições legislativas na França nesta quarta-feira (19).
A líder de direita Marine Le Pen vinculou o crime ao que ela chamou de "estigmatização dos judeus" pela esquerda em uma declaração em sua conta na rede social X.
Le Pen alegou que "a explosão de atos antissemitas, que aumentou 300% em comparação com os primeiros três meses de 2023, deve alertar todos os franceses: a estigmatização dos judeus há meses pela esquerda por meio da instrumentalização do conflito israelense-palestino é uma ameaça real à paz civil".
"Todos terão que estar plenamente conscientes em 30 de junho e 7 de julho", disse, referindo-se às datas das eleições legislativas nas quais seu partido, o Reagrupamento Nacional (RN), lidera as pesquisas.
Dessa forma, portanto, ela mirou diretamente na França Insubmissa (LFI), que tem sido alvo de muitas críticas por sua atitude em relação à guerra na Faixa de Gaza e, em particular, por sua recusa em classificar o Hamas como um grupo terrorista, embora seu acordo de coalizão com outros partidos de esquerda classifique os ataques contra Israel em 7 de outubro como "terroristas".