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África

Menina somali que denunciou estupro morre apedrejada

Uma menina de 13 anos que havia sido estuprada por três homens foi apedrejada até a morte na Somália, depois de ser condenada por "adultério". De acordo com a Anistia Internacional e com a imprensa somali, a execução aconteceu em 27 de outubro, num estádio com cerca de mil espectadores, na cidade portuária de Kismayo.

A menina, identificada como Aisha Ibrahim Duhulow, foi presa pela milícia islâmica que controla Kismayo, depois de acusar três homens de estupro. O governo da Somália não respondeu a pedidos para que ela fosse libertada. "Essa criança sofreu uma morte horrorosa nas mãos da oposição armada que atualmente controla Kismayo", disse David Copeman, ativista da Anistia Internacional a cargo das campanhas em favor dos direitos humanos na Somália.

O país, de 8 milhões de habitantes, é um dos mais pobres do mundo e vive uma guerra civil constante desde 1991, quando várias milícias se uniram para derrubar uma ditadura militar e depois voltaram-se umas contra as outras. Grupos islâmicos armados, alguns deles ligados à organização terrorista Al-Qaeda, vêm combatendo tropas do governo e de sua aliada, a vizinha Etiópia. Essas milícias foram expulsas de Mogadício, a capital, em dezembro de 2006, mas depois disso tomaram o controle de Kismayo, a terceira maior cidade do país.

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