Finalmente, após mais de dois anos em cativeiro, 21 das meninas de Chibok voltaram às suas famílias. Elas foram sequestradas de uma escola nigeriana pelo Boko Haram em abril de 2014, em um grupo de 270 alunas que foram capturadas. E, na quinta-feira (13), foram libertadas pelo grupo militante islâmico — visivelmente desgastadas, cansadas e emocionadas.
As meninas também foram levadas ao encontro do vice-presidente Yemi Obinsajo, que confortou as meninas junto com a sua mulher . Ele negou os relatos de que as alunas tenham sido trocadas por quatro prisioneiros do Boko Haram na região de Banki, na fronteira com os Camarões. E reiterou que a libertação foi resultado de meses de negociações, depois que a falta de ação efetiva do governo foi duramente criticada.
Viajando até Abuja, capital da Nigéria, o pai de Asabe Goni, que foi sequestrada quando tinha 21 anos, mal pode aguentar a felicidade ao saber que sua filha havia sido libertada. Ele imediatamente ligou aos parentes para contar as boas novas.
“Vê-la nos trará felicidade”, disse Samuel, primo de Asabe. “E vamos ouvir sobre as outras meninas”.
A alegria da família, no entanto, ainda não está completa. A irmã de Samuel, Margaret, e outras das suas familiares não estavam na lista de meninas libertadas. Em cativeiro, provavelmente continuam outras 197 alunas de Chibok.
Ainda não está claro o que deverá ocorrer com as meninas nos próximos meses. Amina Ali, a primeira das alunas de Chibok a ter sido liberada em maio, desde então permanece em uma casa de Abuja, no que o governo chama de processo de recuperação. Ela em agosto, no entanto, disse que queria apenas ir para casa.
O sequestro em 2014 provocou uma onda de indignação e concentrou a atenção mundial na insurreição do Boko Haram, que deixou ao menos 20 mil pessoas mortas desde 2009.
O grupo também sequestrou milhares de outras pessoas durante a sua insurgência de sete anos no Nordeste da Nigéria. Mais de 15 mil pessoas foram mortas e dois milhões foram forçadas a deixar as suas casas. No ano passado, o grupo jihadista prometeu lealdade ao Estado Islâmico (EI).
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