Um menino de 5 anos morreu horas após ser ferido gravemente em um ataque de foguete do Hamas na cidade de Sderot, ao sul de Israel, perto da fronteira com a Faixa de Gaza, nesta quarta-feira (12). Estilhaços penetraram a janela do abrigo fortificado da família de Ido Avigal, ferindo também a mãe e a irmã de 7 anos do menino, segundo a relatos da imprensa. As duas estão internadas em um hospital.
A imprensa local diz que as circunstâncias do caso estão sendo investigadas, e que incidentes em que pessoas são feridas dentro de abrigos são raros. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu expressou condolências e disse que a morte de Ido Avigal foi um "assassinato repugnante cometido pela organização terrorista Hamas".
Com a morte do menino, o total de fatalidades causadas em Israel durante o atual confronto com o Hamas subiu para sete, incluindo cinco civis israelenses, um indiano e um soldado das forças de defesa de Israel, que foi morto em um ataque de míssil na fronteira com Gaza.
O sargento Omer Talib, 21 anos, foi morto quando estava dentro de um veículo militar que foi atingido por um míssil nesta quarta-feira. Ele fazia parte de operações na comunidade de Netiv Ha'asara para impedir a infiltração de terroristas da Faixa de Gaza, segundo porta-voz das Forças de Defesa de Israel.
A imprensa palestina relata que 67 pessoas morreram nos recentes ataques israelenses, incluindo 16 crianças, e mais de 300 foram feridos.
Israel continua sua ofensiva militar na Faixa de Gaza. Em operação conjunta com o Shin Bet, a agência de segurança, as forças armadas do país já mataram pelo menos dez militares de alto escalão do Hamas e derrubaram mais um edifício que abrigava operações do Hamas em ataques aéreos.
O IDF informou que, na tarde de quarta-feira, um ataque por caças derrubou um prédio de 14 andares no sul de Gaza, alegando que o local servia de sede para operações de inteligência militar do Hamas. Ainda segundo as forças israelenses, os civis foram alertados antes do ataque e tiveram tempo de deixar o edifício.
Na noite desta quarta-feira, várias cidades israelenses registraram tumultos internos entre árabes e judeus. Em reação aos confrontos violentos que ocorreram em Lod, Acre, Jerusalém, Haifa, entre outras, Netanyahu anunciou que pode enviar militares às cidades para restaurar a ordem. Mais de 400 pessoas foram detidas nos tumultos.
Os ataques de foguetes do Hamas contra Israel foram retomados nas primeiras horas de quinta-feira (noite de quarta no Brasil). Sirenes de alerta soaram em cidades do sul, do centro e até mesmo do norte de Israel. As forças israelenses afirmam que o Hamas já disparou mais de 1.500 foguetes contra Israel nos últimos três dias.
O gabinete de segurança de Israel aprovou, na noite de quarta-feira, a recomendação do IDF para aumentar os ataques retaliatórios contra a Faixa de Gaza, segundo o Jerusalem Post. Netanyahu declarou que Israel não aceitará um acordo de cessar-fogo com o Hamas e a Jihad Islâmica.