O menino de 12 anos que havia ficado ferido em um ataque terrorista com explosivos cometido no último sábado (26) contra um Comando de Atendimento Imediato (CAI) da polícia no sul de Bogotá morreu neste domingo (27) no hospital.
"Lamentamos a morte de um menino de 12 anos", informou a Defensoria Pública de Bogotá em sua conta no Twitter, enquanto a prefeitura da capital o identificou como Daniel Stiven Duque e informou que o número de feridos subiu para 35, entre eles uma menina de cinco anos que está em estado crítico devido a ferimentos na cabeça.
O ataque na noite de sábado também afetou mais de 66 residências e quatro colégios. O presidente colombiano, Iván Duque, o ministro da Defesa, Diego Molano, e a prefeita de Bogotá, Claudia López, estiveram no local do ataque, cujos autores são desconhecidos até o momento.
"Visitamos a CAI de Arborizadora Alta em Bogotá, após o covarde ataque com explosivos, para coordenar as investigações e encontrar os responsáveis. A Colômbia inteira rechaça atos terroristas contra nossa força pública e nossa comunidade", escreveu Duque nas redes sociais.
O ministro Molano disse que, de acordo com as investigações, o ataque foi realizado com um artefato explosivo que estava em uma mala abandonada perto da instalação policial.
"Ele foi ativado depois que um dos soldados entrou no CAI para atender a uma chamada", explicou Molano. As autoridades anunciaram uma recompensa de até 300 milhões de pesos (R$ 374.436,00) por informações que permitam às agências de segurança capturar os autores do ataque.
A prefeita de Bogotá condenou a ofensiva, lamentou a morte do menor e especificou que outras 35 pessoas ficaram feridas, incluindo dois policiais.
"Choramos com a família de Daniel Stiven, vamos acompanhá-los em seu luto, em sua dor, mas também vamos acompanhá-los para que haja justiça", declarou López.
"Não vamos permitir que nenhum ato violento tire nossa alma, nossa paz de espírito. Rejeitamos todas as formas de violência", acrescentou.
López explicou que as autoridades continuam trabalhando para encontrar "os autores dos atos criminosos" e enfatizou que a ação terrorista foi perpetrada por pessoas que sabiam os danos que poderiam causar.
"As primeiras investigações da polícia indicam que, quem colocou aquele artefato e o detonou, o fez conhecendo todo o ambiente, vendo que havia uma comunidade, que havia famílias, que havia crianças. Isso é um ato criminoso que condenamos e que rejeitamos", completou.