Após realizar seu último desejo, o de conhecer o Papai Noel, um garotinho de 5 anos morreu nos braços do bom velhinho. A história parece enredo de filme, mas aconteceu em um hospital do estado norte-americano do Tennessee.
O Papai Noel, na verdade, é o engenheiro mecânico Eric Schmitt-Matzen, de 60 anos, que durante cerca de 80 vezes por ano encarna o personagem para participar de festas e eventos natalinos. Com seu 1,82 metro de altura, 140 quilos e uma espessa barba branca natural - que já lhe rendeu prêmios em concursos, inclusive -, Schmitt-Matzen é o Papai Noel perfeito.
Ao jornal USA Today, o engenheiro contou que um dia, ao chegar do trabalho, recebeu uma ligação do hospital local. Era uma enfermeira contando que um paciente terminal da clínica, um menino de 5 anos de idade, precisava muito ver o Papai Noel.
Segundo Schmitt-Matzen, a urgência era tão grande que a única parte de sua fantasia que deu tempo de colocar foram os suspensórios. 15 minutos depois, o Papai Noel chegou ao hospital, onde conheceu a mãe do garoto e outros familiares.
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“Ela comprara um brinquedo do desenho animado ‘Patrulha Canina’ e pediu que eu entregasse a ele”, contou. “Eu vi que a situação era muito grave e disse a todos ‘se vocês acharem que não vão conseguir, por favor, não fiquem no quarto comigo. Se eu vir todos chorando, não vou aguentar e não conseguirei fazer meu trabalho”.
Ao entrar na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), Schmitt-Matzen se dirigiu ao paciente, tão fraco que parecia prestes a pegar no sono. O Papai Noel lhe entregou o presente, que demorou a ser aberto. Quando o menino viu o que era, deu um enorme sorriso e perguntou a Schmitt-Matzen como ele poderia saber que chegou ao lugar em que as pessoas vão quando morrem.
“E eu lhe disse ‘você pode me fazer um grande favor?’. ‘Claro!’, ele respondeu. ‘Quando você chegar lá, é só dizer que é o elfo número um do Papai Noel que eles lhe deixarão entrar”, contou. Os dois, então, deram um abraço e, antes que o engenheiro pudesse dizer mais alguma coisa, o garotinho morreu.
Depois do episódio, Schmitt-Matzen considerou pendurar os suspensórios, pois acreditou que não aguentaria mais dar vida ao personagem. Manteve-se firme, porém, para fazer mais uma apresentação em um outro evento.
“Quando vi aquelas crianças felizes, consegui me recompor. Tudo isso me fez perceber qual é o papel que devo fazer. Para os outros e para mim”, finalizou.
Colaborou: Mariana Balan.
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