A posse do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, na próxima segunda-feira (21), atrairá menos da metade dos espectadores que assistiram à cerimônia de 2009 na qual ele inaugurou seu primeiro mandato, mas também contará com um forte esquema de segurança, informaram nesta quarta (16) autoridades americanas.
Em entrevista coletiva, representantes do Congresso, da Polícia do Capitólio, do Exército e do Comitê de Posse Presidencial (PIC, em inglês) delinearam o plano de segurança para os quatro dias de celebrações pela 57º posse presidencial entre o sábado e a próxima terça-feira.
"Os preparativos começaram quando terminou a última posse (em 2009)", disse Brent Colburn, diretor de comunicações do PIC, órgão a cargo dos eventos periféricos à cerimônia oficial.
De acordo com a Constituição, a posse será realizada no domingo em cerimônia privada no Salão Azul da Casa Branca, quando Obama prestará juramento para seu segundo mandato em frente ao presidente da Suprema Corte, John Roberts.
O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, o fará em cerimônia privada em sua residência no Observatório Naval, em um ato que pela primeira vez na história será presidido pela primeira juíza latina do Tribunal Supremo, a porto-riquenha Sonia Sotomayor.
Neste dia, tanto Obama como Biden colocarão uma coroa de flores no Cemitério Nacional de Arlington (Virgínia), onde jazem os restos mortais de membros das Forças Armadas.
A cerimônia pública, chamada de "Fé no futuro dos EUA", atrairá até 800 mil pessoas - menos que as 1,8 milhão que participaram da posse de 2009 -, e acontecerá na ala Oeste do Capitólio, na próxima segunda-feira.
"Me encanta a ideia de um programa que comece com Chuck Schumer e termine com Beyoncé", brincou Brent Colburn ao se referir ao fato de que o senador democrata Schumer, de Nova York, abrirá a cerimônia pública, e a cantora Beyoncé a fechará com o hino nacional.
Embora a posse vá contar com artistas como Kelly Clarkson e James Taylor, entre outras celebridades, Colburn disse que a lista não inclui Bruce Springsteen, colaborador da campanha de reeleição.
Esta será a sétima vez na história que a posse oficial acontecerá em um domingo e, devido ao fechamento de instituições públicas, a cerimônia pública será realizada no dia seguinte.
No caso de mau tempo, a posse pública será transferida para dentro do Capitólio, como ocorreu com a segunda posse de Ronald Reagan.
O desfile posterior à posse contará com mais de 10.000 pessoas, incluindo 2.300 membros das Forças Armadas e de diversos grupos cívicos.
As celebrações começarão no sábado com um "Dia Nacional de Serviço", que incluirá mais de 2.000 eventos de serviço voluntário em todo o país, e que contará com a participação das famílias de Obama e Biden.
Os atos terminarão na próxima terça-feira com o tradicional "Dia Nacional de Oração" na Catedral de Washington.
Agentes
As autoridades se negaram a revelar o número de agentes de segurança e o custo das atividades, mas destacaram que estão preparadas para responder a qualquer protesto, ameaça ou emergência, e para facilitar o tráfego do público e dos "milhares" de jornalistas credenciados para o evento.
Em 2009, as cerimônias e atos de posse foram acompanhados de queixas pelo caos e demoras nas filas para passar pelo cordão de segurança estabelecido na região.
"Não posso dizer nada sobre ameaças específicas, mas tenham a certeza de que a polícia do Capitólio dos Estados Unidos se prepara para responder a qualquer assunto que aparecer", declarou Shenelle Antrobus, porta-voz desse corpo policial.
As autoridades também não detalharam o montante de doações para financiar a posse nem a lista de doadores, mas o PIC prometeu divulgar informações em até 90 dias.
O Serviço Secreto lidera os planos de segurança de segunda-feira, e estabeleceu um centro de comunicações com a colaboração de 42 agências policiais.
Esses planos incluirão restrições ao espaço aéreo de Washington, o fechamento de várias ruas divisórias ao Capitólio, a Casa Branca e ao longo do desfile, e uma maior vigilância do sistema de transporte público.
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