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Cancún, México (Reuters) – Os hotéis da costa caribenha do México tiveram de fechar as portas ontem diante da aproximação do furacão Wilma, obrigando milhares de turistas a buscar abrigo contra os ventos e chuvas fortes que já mataram 10 pessoas no Haiti. Entre a península de Yucatán (México) e as ilhas da Flórida (EUA), dezenas de milhares de pessoas foram tiradas de suas casas devido à ameaça do Wilma, que ontem registrava ventos de 233 quilômetros por hora. Por um curto período o furacão foi o mais forte a ser registrado no Atlântico. Ele perdeu força ontem pela manhã, caindo para a categoria 4 na escala Safir-Simpson. Segundo os meteorologistas, no entanto, a tempestade deve ganhar força novamente ao atingir hoje a Península de Yucatán, onde ficam os paraísos turísticos de Cancún e Cozumel.

Segundo os meteorologistas, o furacão é "extremamente perigoso". Os institutos de previsão meteorológica dizem que o furacão não deve atingir as áreas de extração de petróleo e gás natural do golfo do México, atingidas pelo Katrina e pelo Rita em agosto e em setembro, mas que as plantações de laranja da Flórida estão sob ameaça.

Debandada

"Estamos tentando ficar calmos, mas estamos morrendo de medo", disse Kerry Rieth, turista norte-americano que está com sua noiva em Cancún. As chuvas do Wilma já atingiam Cancún e outros pontos turísticos do México na ontem de manhã e grandes ondas eram verificadas nas praias. "Esse é um dos furacões mais destrutivos já vistos", disse Felix Gonzalez, governador do estado de Quintana Roo, onde ficam as áreas turísticas do Caribe mexicano. O movimento no aeroporto local era grande, indicando uma fuga em massa de turistas.

A ilha de Cozumel, um dos pontos de mergulho mais famosos do mundo, pode ser atingida diretamente pelo furacão e os visitantes receberam ordens para sair dali. Segundo autoridades mexicanas, cerca de 42 mil pessoas podem ser retirados das áreas costeiras. Meteorologistas disseram que o Wilma pode entrar no Golfo do México após atingir a Península de Yucatán e que deve atingir o sul da Flórida no domingo.Cuba

Cuba, também na rota do Wilma, retirou 100 mil pessoas de suas casas e estava preparada para retirar outras 400 mil de áreas de baixa altitude da região oeste da ilha. As autoridades suspenderam as competições esportivas programadas para estes dias em grande parte de Cuba. Também foram dadas instruções para a volta a Havana da seleção nacional de boxe, que estava se preparando em Pinar del Río, uma das províncias mais vulneráveis ao Wilma.

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