Charles ao lado da mãe, Elizabeth II, na comemoração do seu aniversário de 50 anos, em 1998| Foto: EFE/EPA/JOHN STILLWELL
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O príncipe Charles assume o trono do Reino Unido depois de sete décadas esperando sua vez, desde que se tornou herdeiro aos três anos de idade, quando sua mãe, Elizabeth II, assumiu a coroa em 6 de fevereiro de 1952.

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Charles, casado atualmente com Camilla Parker, duquesa da Cornualha, começa a reinar quando já é avô e ultrapassa o que para alguns é a idade da aposentadoria, embora sua mãe já tenha rasgado esta convenção ao segurar o cetro até os 96 anos, o que a torna a soberana mais longeva da história britânica.

Durante este tempo de espera, o príncipe de Gales, que tem dois filhos, William e Harry, com sua primeira mulher, a princesa Diana, bateu vários recordes, sendo o primeiro deles o de herdeiro mais velho.

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O filho mais velho de Elizabeth II quebrou essa marca em 19 de setembro de 2013, quando superou seu antepassado William IV, que ascendeu ao trono em junho de 1830, aos 64 anos, após a morte de seu irmão George IV.

William IV morreu sem herdeiros em 1837 e foi sucedido por sua sobrinha Vitória, que por sua vez se tornou a monarca britânica com mais anos de reinado, 63 anos, até ser superada por Elizabeth II.

Embora Charles tenha sido o herdeiro homem mais velho, não conseguiu vencer a mulher que mais anos de espera acumulou, Sofia de Hannover (1630-1714), que morreu aos 83 anos sem ter colocado a coroa.

Além de ser o herdeiro mais longevo, Charles também é o herdeiro mais antigo, superando Edward VII, que subiu ao trono aos 59 anos após a morte de sua mãe, Vitória, em 1901.

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Desde a mais tenra infância, o príncipe Charles, que tem uma grande comitiva de assessores, foi preparado para ser rei, o que tornou a espera ainda mais agonizante.

Tornando-se avô do príncipe George, filho de William e Kate Middleton, em 22 de julho de 2013, brincou que o nascimento foi o ponto alto de sua existência de 64 anos.

Uma impaciência não dissimulada

Charles já havia indicado que lamentava a longa espera e, em um vídeo oficial gravado durante uma visita à Escócia em 2012, sugeriu que a perspectiva de seu reinado estava diminuindo.

“Impaciente? Eu? Que sugestão! Claro que estou! Meu tempo vai se esgotar em breve. Estarei extinto, se não tomar cuidado”, declarou então.

Sua biógrafa, Penny Junor, salientou que, em contrapartida, tornar-se rei impedirá Charles de cuidar do que preenchia sua vida até agora, sua lucrativa propriedade no Ducado da Cornualha, com a qual comercializa produtos alimentícios, e suas várias instituições de caridade.

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Além da determinação de sua mãe, que aos 21 anos prometeu servir ao Reino Unido e à Commonwealth por toda sua vida, “curta ou longa”, Charles teve que lidar também com a maior popularidade de seus filhos.

Uma pesquisa realizada em julho de 2013, após o nascimento do príncipe George - terceiro na linha de sucessão -, indicou que os membros da realeza mais populares depois da rainha eram os duques de Cambridge, William e Kate, e o príncipe Harry.

Além de seus problemas pessoais, como o divórcio amargo da princesa Diana, sua imagem pública contribuiu para sua impopularidade, já que ele é muitas vezes visto como afetado e pomposo.

Charles é acusado de não querer aceitar as limitações atuais de um monarca, que é uma figura puramente cerimonial, e é sabido que já escreveu ao governo para tentar influenciar os assuntos nacionais.

Nesta nova etapa, quando ocupar o cargo para o qual nasceu e foi educado, Charles poderá finalmente demonstrar se, depois de se adaptar ao papel de eterno herdeiro, poderá conquistar também o de rei.

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Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]