Tribunal
Julgamento reúne mais de 900 partidários de Mohammed Mursi
Folhapress
Mais de 900 partidários do ex-presidente Mohammed Mursi compareceram ontem a um tribunal egípcio, que já julgou outros 1.200, dos quais 529 foram condenados à morte, informou a Mena, agência oficial de notícias do governo.
Entre os 919 acusados está Mohammed Badie, o guia supremo da Irmandade Muçulmana. A influente organização foi considerada terrorista pelo novo governo, e seus integrantes foram reprimidos de maneira violenta.
Os suspeitos, em sua maioria ausentes, são acusados de participar de atos violentos que causaram a morte de dois policiais em Minya e de ataques contra bens públicos e privados. As ações ocorreram em 14 de agosto de 2013, no mesmo dia em que o Exército e a polícia mataram no Cairo mais de 700 manifestantes favoráveis a Mursi.
Na última segunda-feira, a condenação de 529 pessoas à pena de morte, anunciada pelo mesmo tribunal de Minya, provocou a reação da comunidade internacional. Existe um receio quanto à repressão aplicada contra os apoiadores de Mursi desde sua queda, em 3 de julho.
919 partidários do presidente deposto Mohammed Mursi compareceram a um tribunal egípcio, que já julgou outros 1.200, dos quais 529 foram condenados à morte, informou ontem a agência oficial egípcia, Mena.
Abdel Fatah al-Sisi, líder militar egípcio, renunciou ontem ao cargo de ministro da Defesa e confirmou sua candidatura para a presidência.
"Estou abrindo mão de meu uniforme para defender a nação", disse ele em discurso transmitido pela televisão.
Sisi é visto como mentor do golpe militar que depôs o presidente Mohammed Mursi, em julho de 2013.
Ainda não há data para a eleição presidencial no Egito. Até agora, apenas o político de esquerda Hamdin Sabahi, terceiro colocado no último pleito, anunciou a sua candidatura, além de Sisi.
Quem assumir a presidência do Egito terá de enfrentar um rol de desafios que incluem a instabilidade política, com crescente número de atentados terroristas, e a economia desestruturada.
Os anos de crise, desde a deposição do ex-ditador Hosni Mubarak, em 2011, afugentaram turistas, afetando um setor importante da economia local.
Sisi afirmou que não poderá "fazer milagres" e que será necessária a cooperação do povo egípcio na tarefa.
Ele promete, caso eleito, construir um "Egito moderno e democrático".
A imagem difere da perseguição política a membros da Irmandade Muçulmana, entidade islâmica que é ligada a Mursi.
Nesta semana, um tribunal sentenciou 529 deles à morte devido a conflitos com as forças de segurança.
Após a deposição de Mursi, no dia 3 de julho do ano passado, o Exército egípcio estabeleceu um roteiro que incluía a aprovação de uma nova Carta Magna e a convocação de eleições legislativas e presidencial.
Um dos líderes da Irmandade Muçulmana, organização islamita que apoia Mursi, fez críticas às ambições políticas do marechal Sisi. "Não pode haver estabilidade ou segurança sob uma presidência de Sisi", declarou Ibrahim Mounir, membro do Escritório político da Irmandade.
Morte
Confrontos entre policiais e estudantes partidários do presidente islamita Mohammed Mursi, deposto em julho de 2013 pelo Exército, terminaram com a morte de uma pessoa e 14 feridos na Universidade do Cairo, informou o ministério da Saúde egípcio.
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