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Mercados financeiros reagem positivamente após Senado argentino aprovar megaprojeto de Milei
Senado argentino aprovou nesta quarta (12) o megaprojeto Lei de Bases, fundamental para os planos do governo Milei| Foto: REUTERS/Tomas Cuesta

Os mercados financeiros reagiram positivamente nesta quinta-feira (13) à aprovação pelo Senado argentino da Lei de Bases e Pontos de Partida para a Liberdade dos Argentinos, o principal projeto do governo de Javier Milei, ao considerá-la um sinal de governabilidade e sustentabilidade do programa econômico do presidente libertário.

"O mercado reagiu, como todos esperávamos, com uma dose de bom senso", disse o porta-voz da presidência, Manuel Adorni, em sua habitual entrevista coletiva na sede do governo, observando que as ações das empresas argentinas listadas em Wall Street tiveram aumentos significativos, os títulos soberanos recuperaram 4% de seu valor e o risco-país, indicador para investidores externos, está em baixa, em 1.393 pontos-base.

"Isso está acontecendo quando os investidores do outro lado veem a Argentina como um país que decidiu seguir em frente e quer acabar com 100 anos de decadência. Estamos começando a respeitar a liberdade e a democracia como um mantra", enfatizou Adorni.

Na noite desta quarta-feira (12), o Senado argentino aprovou a tão esperada Lei de Bases, o megaprojeto de Milei que estabelece a estrutura legal para a profunda transformação do modelo econômico e social da Argentina.

Após a aprovação geral pelo Senado, que introduziu algumas alterações em determinados capítulos, o projeto de lei agora retorna à Câmara dos Deputados para uma análise final.

O mercado valoriza o equilíbrio fiscal alcançado pelo Executivo no primeiro semestre do ano, mas espera-se que essa lei e o novo pacote fiscal deem sustentabilidade ao ajuste fiscal aplicado pelo governo.

"Sem dúvida, foi o melhor dia econômico para o governo", disse o analista argentino Christian Buteler à agência Reuters, citando a aprovação do projeto de lei.

Além disso, o Executivo precisa mostrar governabilidade, já que seu partido político, A Liberdade Avança, é uma força minoritária no Congresso e, portanto, precisa negociar com outros setores políticos. O bloco peronista, com forte representação em ambas as câmaras, tem se mostrado relutante em aprovar as iniciativas de Milei.

A Lei de Bases foi aprovada no geral, mas na votação dos artigos individuais do pacote fiscal, os senadores rejeitaram a modificação do imposto sobre bens pessoais e a restituição do imposto de renda sobre os salários.

O projeto de lei retornará à Câmara dos Deputados, que ainda pode votar o projeto com as modificações propostas pelo Senado, ou o governo pode insistir no texto original que pretendia. (Com Agência EFE)

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