Mergulhadores italianos buscavam nesta sexta-feira (4) corpos presos nos destroços do barco lotado de imigrantes africanos que afundou em frente à costa da Sicília, matando estimadas 300 pessoas, em um dos piores desastres decorrentes da crise de imigração vivida pela Europa há décadas.
Equipes de resgate recuperaram 111 corpos até o momento e esperam encontrar mais do que uma centena de outros nos destroços da embarcação a 40 metros de profundidade no mar, a menos de 1 quilômetro da costa da ilha de Lampedusa, no sul da Itália.
Após 115 sobreviventes serem resgatados na quinta-feira, o mar agitado deve dificultar os esforço de resgate e não há expectativas realistas de se encontrar mais algum sobrevivente entre as estimadas 500 pessoas que estavam a bordo.
"Duas lanchas continuaram na área ao longo da noite e nesta manhã mergulhadores recomeçaram o trabalho, mas nós esperamos recuperar mais de cem corpos de dentro do barco", disse a oficial da guarda costeira Floriana Segreto à Reuters.
O barco, transportando em maior parte passageiros vindos da Eritreia e Somália, afundou nas primeiras horas de quinta-feira, depois que o combustível pegou fogo a bordo, fazendo com que as pessoas em pânico se aglomerassem em um lado do barco e causando o afundamento.
A Itália declarou um dia de luto nesta sexta-feira, e escolas farão um minuto de silêncio em memória das vítimas, mortas um dia depois de outras 13 pessoas terem se afogado em um incidente separado também em frente à costa da Sicília.