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A chanceler alemã, Angela Merkel, concluiu neste sábado a sua campanha pela reeleição com a promessa de defender a Europa e sua coalizão de centro-direita dos "eurocéticos", que ameaçam invadir o Parlamento alemão pela primeira vez na eleição deste domingo.

Com um terço dos 62 milhões de eleitores ainda indecisos e o emergente partido Alternativa para a Alemanha (AfD) mostrando impaciência com os pacotes de auxílio financeiro da zona do euro, a líder mais poderosa da Europa corre o risco de cumprir seu terceiro mandato em uma estranha coalizão de direita-esquerda.

"Muitas pessoas não vão se decidir até o último minuto. Agora é hora de alcançar todo eleitor indeciso e conseguir o seu apoio", afirmou Merkel a seus partidários em Berlim, antes de voar para o seu colégio eleitoral, na costa báltica, para um último ato da campanha.

Ela não citou o AfD, que ascendeu nos últimos sete meses para se tornar o fiel da balança na primeira eleição federal alemã desde o início da crise da dívida na zona do euro. O AfD quer que a Grécia e outros países em dificuldade financeira sejam excluídos da moeda única europeia.

Mas Merkel passou metade de seu discurso defendendo a União Europeia, que tinha sido largamente ignorada na campanha pelo fato do partido União Democrata-Cristã (CDU), de Merkel, e o Partido Social Democrata (SPD), de oposição, concordarem em grande parte sobre a melhor forma de combater a crise.

"A Europa é economicamente importante, sim, mas é mais do que isso. No próximo ano, estaremos pensando no início da Primeira Guerra Mundial, ocorrido cem anos antes", afirmou a chanceler, de 59 anos de idade. "Muitos de nós nunca tivemos de viver em meio a uma guerra."

O rápido crescimento do AfD nas pesquisas forçou o CDU a mudar de tática na última hora. Depois de ter ignorado o rival, o partido recrutou nesta semana o respeitado ministro das Finanças, Wolfgang Schaeuble, para atacar a legenda, classificando-a como "perigosa" para a economia alemã.

As pesquisas colocam os conservadores, de Merkel, com 13 pontos percentuais de vantagem sobre o SPD, o que significa que ela deve se tornar a terceira chanceler do pós-guerra a conseguir um terceiro mandato. Os outros dois foram Konrad Adenauer, que comandou a reconstrução do pós-guerra, e Helmut Kohl, que liderou a reunificação da nação.

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