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Forças afegãs fazem segurança enquanto pessoas se reúnem em frente ao Aeroporto Internacional Hamid Karzai para fugir do país, depois que o Talibã assumiu o controle de Cabul, no Afeganistão, em 17 de agosto de 2021
Forças afegãs fazem segurança enquanto pessoas se reúnem em frente ao Aeroporto Internacional Hamid Karzai para fugir do país, depois que o Talibã assumiu o controle de Cabul, no Afeganistão, em 17 de agosto de 2021| Foto: EFE/EPA/STRINGER

A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, defendeu nesta terça-feira (17) que sejam apresentadas "opções seguras" para as pessoas que estão fugindo do Afeganistão, para que, só em um segundo momento, haja o estabelecimento de refugiados em países da União Europeia (UE).

"Antes de falar de contingentes, é preciso estudar opções seguras nos países vizinhos. Logo, em um passo posterior, se houver pessoas especialmente afetadas, elas poderiam receber apoio da Europa", afirmou a chanceler.

Merkel admitiu que deve existir dificuldade em alcançar uma posição comum da União Europeia sobre o acolhimento de refugiados afegãos, em referência a oposição exercida por países como Hungria e Polônia nos debates sobre migração.

"É mais um ponto frágil da UE que não tenhamos uma política em comum de asilo", afirmou a líder alemã.

A chanceler ainda destacou considerar que a situação no Afeganistão é "extremamente difícil" e reforçou o interesse em "ajudar" a todos que, nos últimos 20 anos apoiaram no território do país asiático as missões militar e diplomática da Alemanha.

Merkel garantiu que a prioridade no momento é a operação de evacuação, mas admitiu que, depois, é preciso "que sejam tiradas lições para o futuro" da missão militar internacional, tanto por cada nação, como pela Otan.

"Vemos com preocupação coisas que tinham avançado, que agora podem retroceder, porque as coisas evoluíram como evoluíram, e os talibãs voltaram ao poder", disse a chanceler, em referência, especialmente, ao direito das mulheres.

As declarações da chefe de governo foram dadas pouco depois da confirmação de que um segundo avião alemão tinha conseguido aterrissar no aeroporto de Cabul, com o objetivo de trazer de volta um terceiro grupo de pessoas.

No domingo, um primeiro contingente de 40 diplomatas da Alemanha deixou a capital afegã com direção a Doha, em um avião americano. Horas depois, foi a vez de uma aeronave alemã deixar Cabul com sete pessoas a bordo.

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