• Carregando...
A chanceler alemã Angela Merkel discursa para a câmara baixa do Parlamento, em Berlim | Reuters
A chanceler alemã Angela Merkel discursa para a câmara baixa do Parlamento, em Berlim| Foto: Reuters

A chanceler alemã, Angela Merkel, disse na quarta-feira que a crise da zona do euro não poderá ser resolvida com soluções rápidas radicais, como títulos emitidos conjuntamente. Ela afirmou que o bloco enfrenta um caminho "longo e difícil" para cortar a dívida formada ao longo de décadas.

Em um discurso à câmara baixa do Parlamento pouco depois de o principal tribunal da Alemanha impor novos limites à participação de Berlim nos programas de socorro financeiro na zona do euro, Merkel disse que não se pode permitir que a moeda fracasse e que ela "não fracassará".

No entanto, ela pediu que a Europa repense suas regras para garantir que os países pequenos, como a Grécia, não coloquem em risco toda a área da moeda, que abrange 17 nações.

"Estou convencida de que esta crise não pode ser combatida com uma atitude de 'ir levando', se é para se evitar uma grande crise no mundo ocidental. Precisamos de uma reconsideração fundamental", afirmou Merkel.

"Precisamos deixar muito claro às pessoas que o problema atual, causado por uma dívida excessiva formada ao longo de décadas, não pode ser resolvido de uma só vez, com coisas como títulos do euro ou reestruturações da dívida que de repente deixam tudo em ordem. Não, esse será um caminho longo e difícil, mas o correto para o futuro da Europa."

Merkel foi interrompida diversas vezes por manifestações dos partidos de oposição, de esquerda, que nas últimas semanas têm endurecido suas críticas em relação a como ela vem lidando com a crise da dívida da zona do euro, que já dura dois anos.

Antes do discurso dela, Frank-Walter Steinmeier, líder do Partido Social-Democrata (SPD) no Parlamento e derrotado por Merkel na eleição de 2009, fez um duro discurso na câmara denunciando as políticas da chanceler para a zona do euro.

Ele acusou Merkel, que estava vestida de preto depois da morte do pai dela, de "falta de coragem" e de "falta de liderança."

Antes do discurso, personalidades de expressão na Alemanha, como o ex-ministro das Relações Exteriores Hans-Dietrich Genscher disseram que ele seria o mais crítico de seu governo. Mas Merkel propôs poucas idéias novas no discurso de meia hora.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]