Treze pessoas morreram e dois hospitais foram fechados na Coreia do Sul em decorrência de casos da Síndrome Respiratória do Oriente Médio, conhecida como Mers. Apesar dos cuidados e do medo no país, as autoridades argumentam que é improvável que haja um surto da doença.
Os hospitais Mediheal Hospital e Changwon SK, ambos na capital Seul, que trataram pacientes com Mers, foram fechados devido à possibilidade de possíveis novas fontes de infecções. Na sexta-feira, um homem de 72 anos, que estava com pneumonia, morreu.
Mais de 120 sul-coreanos contraíram o vírus desde que o país registrou seu primeiro caso, no mês passado. O surto foi contido em hospitais, mas tem causado temores generalizados e levou à suspensão das atividades em cerca de 2,8 mil escolas e creches.
As autoridades acreditam que a doença atingiu o seu pico e deve começar a aliviar nos próximos dias. Na sexta-feira terminou o período de duas semanas de incubação de pessoas infectadas que estão internadas em um hospital de Seul. Existem outros hospitais nos quais o período de incubação dos pacientes ainda não terminou, mas as pessoas seguem em quarentena. Quem teve contato com elas está sendo monitorado.
“Nós não vemos nenhum perigo de um surto adicional”, disse Jeong Eun-kyeong, funcionária do Centro de Controle e Prevenção de Doenças da Coreia do Sul. Ela acredita que um pequeno número de novas infecções pode ser detectado. No entanto, alguns especialistas afirmam que o surto pode continuar caso pessoas infectadas não respeitem medidas de quarentena do governo e espalhem o vírus.
Segundo o Ministério da Saúde, mais quatro casos de pessoas com o vírus foram registrados na sexta-feira. Na quinta-feira, foram 14 novos casos, e na quarta, 13. Também na sexta-feira, cerca de 3,7 mil pessoas foram isoladas depois de possíveis contatos com infectados, número menor que os 3,8 mil de quinta-feira.
A batalha da Coreia do Sul contra a epidemia viral rara entrou na terceira semana, em meio a uma crescente preocupação com uma outra vítima em potencial: a economia do país. Enquanto os consumidores ficam em casa e turistas cancelam viagens ao país por causa das preocupações com o Mers, alguns economistas dizem que a epidemia pode representar uma perda considerável no crescimento do país, já pressionado diante das irregulares exportações.
Segundo estudos médicos, a Mers, cujo vírus foi identificado em 2012, leva à morte em 36% do casos.