Se a caravana de 7 mil imigrantes que avança no México ameaça criar uma crise na fronteira com os EUA, uma segunda marcha chegou nesta terça-feira, 23, à Guatemala e deve agravar a situação. Cerca de 1.500 imigrantes hondurenhos cruzaram a fronteira e pretendem se reunir ao grupo que já está em território mexicano.
O presidente dos EUA, Donald Trump, que já ameaçou cortar a ajuda financeira a países da América Central e suspender o novo Nafta, recentemente negociado com o México, não tem conseguido impedir o avanço da marcha. Na terça, ele insistiu em dizer que, no meio da multidão, há várias pessoas "do Oriente Médio" que pretendem entrar nos EUA - embora não tenha apresentado evidências do fato.
Trump se reuniu com James Mattis, secretário de Defesa dos EUA, e com Joseph Dunford, chefe do Estado-Maior Conjunto, para discutir as alternativas do governo americano, incluindo a militarização da fronteira. "Não entrarão", disse o presidente, que estimou o número da caravana em 10 mil imigrantes.
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Os EUA estão cada vez mais preocupados com a situação na fronteira. Em setembro, patrulhas apreenderam 16,6 mil ilegais, 900 pessoas a mais do que em agosto e 12 mil a mais do que no mesmo período do ano passado - um recorde que já coloca a fronteira em nível de "crise", segundo fontes oficiais.
O Alto Comissariado da ONU para Refugiados (Acnur) pediu aos governos americano, mexicano e de outros países da América Central para que garantam de forma urgente a segurança dos integrantes da caravana no México. A entidade também solicitou que essas pessoas possam pedir asilo, como estabelecido no direito internacional.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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