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Presidente da Venezuela tentar chegar à China para reunião com Xi Jinping | REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
Presidente da Venezuela tentar chegar à China para reunião com Xi Jinping| Foto: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, informou, nessa quinta-feira (19), que apesar da recusa norte-americana para que o avião presidencial passe pelo espaço aéreo de Porto Rico, segue hoje (20) para visita oficial de 12 dias à China. Ele disse que neste fim de semana irá se reunir com o presidente chinês, Xi Jinping, para tratar da cooperação bilateral e o futuro das relações.

"Negar a passagem a um chefe de Estado para que possa sobrevoar o espaço aéreo de uma terra que eles colonizaram, como Porto Rico, é uma falta grave", considerou Maduro.

O presidente venezuelano disse ainda que a viagem ao país asiático não está em causa, independentemente de ter que fazer uma rota mais longa.

O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Elías Jaua, reforçou na noite desta quinta-feira que a proibição partiu dos EUA. "Ninguém pode negar um sobrevoo a um avião que transporta um presidente da República em uma viagem de Estado internacional", disse o chanceler Elías Jaua, que classificou o ocorrido como "mais uma agressão do imperialismo".

Visto negado para a ONU

Maduro se queixou ainda de que os EUA estão negando o pedido de visto de seu chefe de Gabinete, o general Wilmer Barrientos, que deveria acompanhá-lo à Assembleia Geral da ONU, na semana que vem em Nova York.

"Estamos indo às Nações Unidas e o governo dos EUA é obrigado a dar vistos a toda a delegação venezuelana. Não aceito que neguem o visto ao ministro Barrientos. E se eu tiver que tomar medidas diplomáticas contra o governo dos EUA, irei tomá-las até o nível mais drástico. Governo dos EUA, você não é dono da ONU. A ONU fica em Nova York... Bem, então a ONU terá de se mudar", afirmou.

Caso semelhante envolveu Evo Morales

O caso ocorre quase três meses depois de vários países europeus terem negado a utilização de seu espaço aéreo ao presidente da Bolívia, Evo Morales. A ação foi condenada por várias nações da América Latina, entre elas a Venezuela.

No início de julho, quando voltava de viagem à Rússia, Morales foi impedido de sobrevoar o espaço aéreo de Portugal, da Espanha, França e Itália por causa da suspeita de que o norte-americano Edward Snowden, que prestava serviços à Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos, estaria a bordo do avião do presidente boliviano. Snowden revelou o monitoramento de dados de cidadãos – norte-americanos e estrangeiros - pelos Estados Unidos.

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