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O primeiro encontro frente a frente entre 14 dos 17 pré-candidatos republicanos à Casa Branca na segunda-feira (3) não teve o magnata Donald Trump, mas seu tema principal, a imigração ilegal, dominou o fórum.

Segundo os analistas, os republicanos reunidos em em New Hampshire pareciam encolhidos com a ausência do magnata que coleciona polêmicas desde que se lançou na corrida presidencial e parece agradar os eleitores, pois segue na liderança nas pesquisas de opinião.

No debate, Jeb Bush gaguejou em questões sobre seu pai e irmão, ex-presidentes americanos.

“Meu pai é provavelmente o homem vivo mais perfeito, por isso é muito difícil para mim ser crítico dele”, disse o ex-governador da Flórida.

Enquanto isso, o senador Lindsey Graham da Carolina do Sul voltou à década de 1990 para atacar Hillary Clinton pela desonestidade de seu marido sobre o caso com Monica Lewinsky, comparando com a recente revelação de que e-mails pessoais dela continham informações confidenciais.

“Quando Bill (Clinton) diz que não teve relações sexuais com aquela mulher, ele teve”, disse Graham. “Quando (Hillary Clinton) nos diz: ‘Confie em mim, você tem todos os e-mails que você precisa’”, nós ainda nem chegamos à superfície.

Apesar da falta de debates exaltados, o encontro permitiu que os participantes falassem suas metas e mostrassem suas experiências políticas. Os candidatos não foram autorizados a interagir uns com os outros diretamente, mas tiveram duas oportunidades de responder às perguntas de um moderador.

Trump, que lidera as pesquisas entre os republicanos para concorrer nas eleições de 2016, se recusou a aparecer no evento. Mas a imigração ilegal, questão criticada por ele repetidamente, foi o tema dominante no fórum e abordado por todos os candidatos. Eles ressaltaram a necessidade de proteger as fronteiras americanas, enquanto a maioria concordou que deve ser conduzido um programa para trabalhadores locais.

Mesmo Jeb Bush, favorável a uma reforma abrangente da imigração, disse que são necessários limites para cidadãos americanos levarem parentes de outros países para os EUA. Ele defendeu que novos imigrantes devem ter a capacidade de ajudar a impulsionar a economia americana, ao mesmo tempo em que anunciou um plano para combater entrada de clandestinos, que inclui a oferta de status legal para os milhões de trabalhadores sem documentos.

Nenhum dos candidatos falou em deportar os 11 milhões de imigrantes ilegais hoje nos Estados Unidos, um reconhecimento da necessidade de apelo aos eleitores latinos que esmagadoramente apoiam candidatos democratas e que já têm a promessa de Hillary de buscar o status legais se ela for eleita em 2016.

A ênfase sobre a imigração para o fórum sugere o impacto da Trump no campo republicano, e foi uma prévia do primeiro debate oficial entre os candidatos na quinta-feira em Cleveland. Deste, Trump vai participar.

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