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atentados em paris

Mesquita em cidade francesa tenta se desvincular de terrorista

Vários pontos da capital francesa sofreram consequências dos ataques da última sexta | Elizabeth Koechlin Bertrand/
Vários pontos da capital francesa sofreram consequências dos ataques da última sexta (Foto: Elizabeth Koechlin Bertrand/)

A pequena Chartres, a 100 km de Paris, amanheceu sob o olhar das autoridades francesas e de dezenas de jornalistas.

Segundo o prefeito da cidade, Jean-Piere Gorge, um dos autores dos atentados de sexta (13) em Paris viveu na cidade pelo menos até 2012.

Trata-se de Ismail Omar Mostefai, 29, identificado como um dos três atiradores da casa de show Bataclan, onde foram mortas 89 pessoas (do total de 129 incluindo outros ataques).

Na manhã deste domingo (15), lideranças da mesquita apontada pela mídia francesa como a que ele frequentava, tentaram se desvincular do terrorista.

Não à toa: o espaço religioso deve ser alvo de investigação, assim como já ocorre com os familiares de Mostefai.

“Não lembro dele. Frequento há mais de quatro anos e nunca o vi aqui”, disse à Folha Ismel Snussi, 35, escalado pela mesquita para protegê-la do assédio da imprensa.

“É muito triste tudo isso, obviamente não podemos concordar com o que ele fez, isso não é islamismo”, disse Snussi. Um comunicado deve ser divulgado ainda neste domingo (25) pela mesquita.

A cinco quilômetros dali fica a casa onde Mostefai viveu com a família. O novo morador, que chegou há dois meses, evitou dar entrevista.

Os vizinhos confirmam que ele viveu no local, mas obviamente querem distância de qualquer assunto ligado a um dos autores do massacre de Paris.

Mostefai lançou um ataque suicida e foi identificado pelo dedo encontrado em meio aos restos mortais. Segundo a mídia francesa, ele já foi condenado por pequenos delitos entre 2004 e 2010, como dirigir sem carteira e agressão, mas nunca chegou a cumprir pena em prisão.

Em 2010, teria entrado numa lista de alvos das autoridades por suposto envolvimento com radicalização religiosa, mas não teria sido investigado por vínculos com terrorismo.

De acordo com relatos da imprensa local, Mostefai chegou a passar três meses na Síria entre 2013 e 2014.

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