Ao menos dez pessoas morreram e outras 71 ficaram feridas nesta sexta-feira (29) devido a um atentado suicida cometido em uma mesquita de Cabul, no Afeganistão.
No momento do ataque terrorista, centenas de fiéis estavam reunidos para a oração habitual do dia, o que pode fazer com que o total de vítimas seja maior.
O atentado aconteceu na mesquita sufita Khalifa Sahib, no oeste da capital afegã, por volta das 16h20 (8h50 de Brasília), quando um terrorista detonou os explosivos que carregava, afirmou o chefe da polícia local, Hafiz Omar, à Agência Efe.
As autoridades, no entanto, não deram uma versão definitiva sobre o que aconteceu ou das causas da explosão.
O porta-voz da polícia de Cabul, Khalid Zadran, disse à Efe que até o momento foram confirmadas dez mortes em decorrência do ataque.
Uma fonte do hospital, que pediu anonimato, afirmou à Efe que 50 pessoas ficaram feridas, e a ONG italiana Emergency, que conta com um dos principais hospitais de Cabul, informou no Twitter que atendeu 21 feridos.
Imagens divulgadas nas redes sociais, atribuídas ao momento após a explosão, mostram dezenas de pessoas feridas, banhadas em sangue e com roupas rasgadas, deixando um edifício em busca de socorro. Nenhum grupo reivindicou a autoria do ataque.
“A explosão de hoje, que ocorre na última sexta-feira da semana santa do Ramadã, é outro golpe doloroso para o povo do Afeganistão, que continua exposto a insegurança e violência incessantes”, lamentou o representante especial do secretário-geral da ONU para o país, Ramiz Alakbarov.
“É inconcebível que civis sejam atacados indiscriminadamente enquanto realizam suas atividades cotidianas, se reúnem para rezar, vão à escola ou ao mercado, ou a caminho do trabalho”, condenou.
Pelo menos dois funcionários da ONU e suas famílias que estavam dentro da mesquita no momento do ataque foram “diretamente afetados”, disse a Missão de Assistência das Nações Unidas no Afeganistão (Unama, sigla em inglês) em outro comunicado, sem fornecer mais detalhes.
O principal porta-voz do governo talibã, Zabihullah Mujahid, condenou no Twitter o atentado e disse que tais “ataques brutais” são obra de pessoas que “não pertencem à nossa nação ou ao Islã”, e prometeu que “em breve” os culpados serão capturados.
O caso desta sexta-feira ocorreu em meio a uma sangrenta onda de ataques no Afeganistão, que deixou nas últimas semanas dezenas de mortos e feridos em ataques a mesquitas, meios de transporte e centros de ensino.
Ainda na quinta-feira, dois ataques simultâneos aconteceram no país, com explosões em ônibus com destino às áreas rurais de Mazar-e-Sharif, capital da província de Balkh, ao norte do país. O saldo foi de dez mortos e 13 feridos.
O duplo ataque, reivindicado nesta sexta-feira pelo grupo jihadista Estado Islâmico, faz parte da campanha que chama de “vingança dos dois xeques”, lançada há 15 dias pelo novo porta-voz dessa organização, Abu Omar al Muhager, em referência à morte do ex-líder e de um dos porta-vozes do grupo.
Além disso, na semana passada, um ataque a uma mesquita na província de Kunduz, no norte do Afeganistão, matou 33 pessoas e deixou dezenas de feridos.
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