Cerca de mil pessoas marcharam quarta-feira (26) na cidade de Culiacán, capital do estado de Sinaloa, noroeste do México, para pedir a libertação do traficante de drogas Joaquín "El Chapo" Guzmán, detido no sábado (22) passado no norte do país.

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"El Chapo", o narcotraficante mais procurado pela polícia mexicana e dos Estados Unidos, era o chefe máximo do tráfico no México e admitiu ter matado entre 2 mil e 3 mil pessoas.

O cartel de Sinaloa é suspeitos de enviar bilhões de dólares obtidos pela venda de cocaína, metanfetaminas, heroína e maconha aos Estados Unidos.

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Vestidos de branco, os manifestantes, a maioria jovens, percorreram as ruas de Culiacán, acompanhados por bandas de música que interpretavam temas dedicados ao líder do cartel de Sinaloa.

A manifestação foi dispersada pela polícia, que lançou gás lacrimogêneo e deteve dez pessoas.

Alguns apoiadores diziam que "El Chapo" deixou a cidade livre de extorsões e sequestros comuns em outras partes do México por causa de conflitos entre cartéis rivais.

"O governo não dá nenhuma oportunidade de emprego", disse Daniel Garcia, um desempregado de 20 anos. "A situação é, honestamente, muito difícil e ele ajuda a população jovem dando empregos".

As pessoas levavam cartazes pedindo sua liberdade, um julgamento justo e sua não extradição.

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A detenção do narcotraficante iniciou uma discussão sobre se se deve ou não entregá-lo aos Estados Unidos para que seja julgado por seus crimes no país.

O presidente mexicano Enrique Peña Nieto disse que não haveria extradição rápida para os EUA, alegando o fato de que o traficante ainda enfrenta uma pena em aberto por ter fugido da prisão em 2001. Ele havia sido preso em 1993.

As mobilizações foram convocadas através das redes sociais e por folhetos anônimos.

SançõesO Departamento do Tesouro americano incluiu nesta quinta (27) em sua lista negra um dos colaboradores de "El Chapo", o colombiano Hugo Cuéllar Hurtado, segundo informa o jornal El País.

Hurtado e outras seis pessoas de seu círculo pessoal são acusadas de estarem vinculadas ao cartel de Sinaloa e tiveram seus bens nos EUA congelados.

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Americanos não poderão negociar com essas pessoas ou suas empresas, que têm sedes na Colômbia e no México.

A prática de sanções a membros de cartéis estrangeiros é comum desde seu estabelecimento em 1999. Os EUA já impuseram proibições a cerca de 1,3 mil pessoas e empresas.