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Ditadura nicaraguense

México oferece asilo a opositores da Nicarágua, mas evita condenar regime de Ortega

México oferece asilo a opositores da Nicarágua, mas evita condenação
O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, segue sem condenar a ditadura de Daniel Ortega na Nicarágua (Foto: EFE/Sáshenka Gutiérrez)

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O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, ofereceu nesta quarta-feira (22) asilo e nacionalidade aos opositores nicaraguenses expulsos de seu país e os convidou a resolver a crise por meio do "diálogo".

Mas López Obrador novamente não condenou as medidas autoritárias do ditador da Nicarágua, Daniel Ortega.

"Asilo, nacionalidade, o que quiserem. A nacionalidade não pode ser perdida por decreto", disse López Obrador em sua entrevista coletiva diária, depois de anunciar que vários dos nicaraguenses recentemente exilados nos Estados Unidos pediram para "estar no México".

"É possível dialogar, todo mundo dialoga, até os inimigos mais ferrenhos", declarou o presidente, para depois citar como exemplo o pedido de mediação que propôs meses atrás para acabar com a invasão da Ucrânia.

Em 9 de fevereiro, 222 opositores foram exilados pela ditadura nicaraguense e seis dias depois as autoridades do país retiraram a nacionalidade de outros 94 pessoas, entre religiosos, ex-funcionários públicos, defensores dos direitos humanos, dissidentes sandinistas, opositores, jornalistas e estudantes.

“Digo a vocês que em nenhum momento nos prestamos a ser usados ​​em uma campanha contra a Nicarágua e seu governo, animados por interesses alheios aos de nossos povos”, escreveu López Obrador em carta enviada a Ortega em 1º de dezembro.

O silêncio prolongado até agora do presidente mexicano contrasta com o de outros governos de esquerda na América Latina, como o do presidente chileno Gabriel Boric, que repetidamente condenou o governo de Manágua e se referiu a Ortega como um "ditador".

O presidente colombiano, Gustavo Petro, também se posicionou recentemente sobre o assunto, dizendo que “a América Latina deve ser um espaço sem presos políticos e sem presos sociais” e instou a comunidade internacional a condenar as “violações dos direitos humanos”.

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