Repatriamento
Calderón promete pagar transporte dos corpos das vítimas
A Embaixada do México no Brasil confirmou que o governo do presidente Felipe Calderón vai pagar todas as despesas do traslado dos corpos já identificados, das 72 vítimas da chacina que ocorreu há cerca de uma semana na fronteira do país com os Estados Unidos.
Ainda não há, no entanto, um prazo definido para o envio dos corpos para os respectivos países Brasil, Honduras, El Salvador e Guatemala.
No domingo, o governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia (PSDB), se comprometeu, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social, a prestar assistência aos familiares dos dois mineiros que estão entre as vítimas. A nota diz que o governo "fará o traslado dos corpos das vítimas a partir do desembarque no Brasil", além de oferecer "auxílio para os funerais".
Os dois brasileiros identificados entre os 72 imigrantes ilegais mortos na chacina moravam em cidades vizinhas a Governador Valadares (MG), região do estado conhecida por ser uma das principais exportadoras de mão de obra brasileira para os Estados Unidos.
Juliard Aires Fernandes, 20 anos, era de Santa Efigênia de Minas com cerca de 4,5 mil moradores e Hermínio Cardoso dos Santos, 24 anos, de Sardoá cerca de 5,5 mil. As duas localidades ficam a 10 km de distância. Tanto Juliard quanto Hermínio viviam em pequenas propriedades rurais distantes do centro dos municípios.
San Fernando, México - O governo mexicano confirmou ontem a existência de um segundo sobrevivente no massacre de 72 imigrantes ilegais, incluindo ao menos dois brasileiros, ocorrido no mês passado em San Fernando, no estado mexicano de Tamaulipas, perto da fronteira com os Estados Unidos.
Mais cedo, o presidente do Equador, Rafael Correa, afirmou à imprensa que o até então único sobrevivente, o equatoriano Luis Freddy Lala Pomavilla, revelou que havia uma segunda vítima, de nacionalidade hondurenha, ainda viva.
"Já se encontra seguro no país nosso irmão Freddy Lala, o único sobrevivente. Na verdade, ele nos conta que houve outro sobrevivente, não queremos colocá-lo em risco, um hondurenho", afirmou Correa, em declarações na noite de terça-feira, ao voltar a Quito de uma viagem ao Haiti.
Na manhã de ontem, o governo mexicano repatriou os corpos de 16 hondurenhos já identificados entre os 72 imigrantes encontrados mortos em um rancho em San Fernando, em 24 de agosto passado.
Na noite de terça-feira, o governo de El Salvador afirmou que, segundo informações do governo mexicano, foram identificadas 46 das 72 vítimas 21 hondurenhos, 13 salvadorenhos, 5 guatemaltecos, 6 equatorianos e um brasileiro. Outro brasileiro foi identificado apenas pelos documentos presentes junto aos corpos.
Os dois brasileiros identificados são Juliard Aires Fernandes, 20 anos, e Hermínio Cardoso dos Santos, 24 anos.
O jovem equatoriano teria sobrevivido ao massacre fingindo-se de morto. Ferido com um tiro na garganta, ele chegou a um posto da Marinha mexicana e contou às autoridades sobre o massacre de imigrantes brasileiros e equatorianos.
Freddy relatou que os estrangeiros foram sequestrados por um grupo criminoso quando tentavam chegar à fronteira com os EUA. Os homens disseram pertencer ao grupo Los Zetas, e ofereceram trabalho como matadores de aluguel por US$ 1 mil quinzenais. Quando os imigrantes recusaram a oferta, os criminosos atiraram.
A Marinha foi até o local e entrou em confronto com o grupo. Pouco depois, encontrou os corpos no rancho. Segundo a polícia, as vítimas parecem ter sido amarradas com os olhos vendados antes de serem enfileiradas em uma parede e mortas a tiros.
Na terça-feira, seis mulheres e dois homens morreram num ataque incendiário a um bar de Cancún, uma cidade turística. Distante do centro, o estabelecimento, chamado Castillo del Mar, não era frequentado por turistas e oferecia shows com strippers.
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