O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira (16) que os governos de México e Canadá estão "avisados" do problema econômico causado por seus migrantes para os EUA e voltou a afirmar que muitos dos estrangeiros que chegam ao país saem de prisões latino-americanas.
“Não podemos deixar que estas pessoas entrem no nosso país e elas compreendem, estão muito bem avisadas”, disse Trump se referindo aos governos de México e Canadá.
Durante entrevista coletiva em Mar-a-Lago, em sua residência em Palm Beach (Flórida), o republicano, que assumirá seu segundo governo em 20 de janeiro de 2025, lembrou que conversou sobre o assunto com a presidente do México, Claudia Sheinbaum, e o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau.
"Eles terão que impedir que isso aconteça. Perdemos muito dinheiro com o México. Perdemos muito dinheiro com o Canadá, uma quantia enorme", enfatizou Trump.
O republicano repetiu alegações sobre as nações latino-americanas enviarem seus prisioneiros para os Estados Unidos. Grupos pró-imigração, contudo, afirmam que a maioria dos migrantes que atravessam a fronteira são aqueles que fogem da pobreza, da perseguição e da violência.
"Estamos subsidiando o Canadá. Estamos subsidiando o México [...], e me dou muito bem com o povo de México e Canadá, mas não podemos permitir que isso aconteça", disse.
"Não é justo. Não é certo. E as pessoas de México e Canadá entendem isso perfeitamente", afirmou.
O presidente eleito disse ainda que continuará a construção do muro fronteiriço com o México, embora tenha reclamado que custará “centenas de milhões” de dólares a mais do que o primeiro trecho que fez no seu mandato anterior (2017-2021).
“É um processo muito caro, um muro muito caro", recordou sobre o primeiro muro, no qual foi utilizado aço, embora tenha ressaltado que a indústria da construção civil se aprimorou e que há muito que pode ser feito com concreto.
“Temos um concreto muito resistente e também temos uma barra de reforço", disse Trump, que também se referiu ao seu plano de deportações em massa como a pedra angular de sua política migratória.