Imagem da Nasa mostra aproximação do Furacão Patrícia na costa oeste da América do Norte| Foto: NASA/REUTERS

O Furacão Patricia adquiriu as dimensões de uma das maiores tempestades da história nesta sexta-feira (23), quando se dirigia à costa do México no Oceano Pacífico e obrigou hotéis a dispensarem turistas e os moradores a estocarem suprimentos.

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O Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC, na sigla em inglês) disse que a tempestade de categoria 5 é a mais intensa já registrada no hemisfério ocidental, e a Organização Meteorológica Mundial (OMM) a comparou ao tufão Haiyan, que matou milhares de pessoas nas Filipinas em 2013.

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A estimativa é que o fenômeno chegue ao continente na tarde desta sexta-feira ou no início da noite, acrescentou o NHC.

Alto-falantes instalados ao longo da praia da estância de Puerto Vallarta, popular entre turistas norte-americanos e canadenses, emitiam ordens para a saída de hotéis enquanto uma chuva leve e uma brisa suave sacudiam as palmeiras. As ruas ficaram vazias enquanto as sirenes da polícia eram acionadas.

Alguns funcionários de hotéis de Puerto Vallarta disseram que os esforços para retirar os hóspedes já começaram, mas outros afirmaram ainda estar esperando para saber para onde encaminhá-los. Quando a Reuters visitou um dos abrigos da cidade, um edifício de aspecto desgastado em uma área baixa, ainda não havia ocupantes.

Aristoteles Sandoval, governador do Estado de Jalisco, acredita que cerca de 15 mil pessoas serão retiradas de Puerto Vallarta.

O ministro dos Transportes e das Comunicações do México, Gerardo Ruiz Esparza, afirmou que o furacão tem proporções “colossais” e exortou as pessoas a se protegerem.

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“É um perigo para as regiões costeiras, e um perigo para a população”, disse.

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Ações

O governo alertou que cinzas e outros materiais do vulcão de Colima, a cerca de 210 quilômetros de Puerto Vallarta, podem se combinar com a precipitação intensa e desencadear marés de lama semelhantes a “cimento líquido” e cercar vilarejos próximos.

O porto e o aeroporto de Puerto Vallarta foram fechados nesta sexta-feira, assim como o importante terminal de carga de Manzanillo. A petroleira estatal Pemex declarou que seus postos irão parar de vender gasolina na área em que o furacão pode passar, mas nenhuma de suas principais instalações se encontra nesse trajeto.

Tempestade colossal

A tempestade cresceu em um “ritmo incrível” nas últimas 12 horas, afirmou a OMM, e o NHC relatou na manhã desta sexta-feira ventos máximos de aproximadamente 321 quilômetros por hora enquanto o furacão segue para o norte a 16 quilômetros por hora.

“Os ventos são capazes de manter um avião no ar”, disse Clare Nullis, porta-voz da OMM, em um boletim na Organização das Nações Unidas (ONU) em Genebra, comparando o Furacão Patricia ao tufão Haiyan.

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Segundo o Centro Nacional de Furacões (NHC) dos EUA, trata-se do furacão mais forte já registrado no noroeste do Pacífico.

O Patricia avança ao sudoeste do Porto de Manzanillo, na costa oeste do México, a 17 km/h. No entanto, ele pode reduzir sua velocidade à medida que se aproximar do continente. Ele deve atingir o solo no fim da tarde ou na noite desta sexta, na zona costeira do Estado de Jalisco.

Na quinta (22), o governo mexicano ativou seu comitê de emergências para coordenar as ações diante da chegada do furacão. Foram disponibilizados 1.782 abrigos com capacidade para até 259 mil pessoas, segundo o coordenador nacional de Defesa Civil, Luis Felipe Puente.

O porto de Manzanillo, um dos mais importantes do país, foi fechado, assim como o de de Vallarta. Duas represas do Estado de Jalisco também estão sendo drenadas, devido às inundações que o Patricia deve provocar.

As aulas nos Estados de Guerrero e de Colima foram suspensas.

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O Serviço Meteorológico do México transmitiu um aviso de “zona de vigilância pelos efeitos do furacão” nos Estados de Guerrero (sul), Michoacán, Jalisco, Colima e Nayarit (oeste).