“El Chapo” durante sua recondução à prisão. Narcotraficante foi preso após seis meses de sua fuga cinematográfica| Foto: ALFREDO ESTRELLA/AFP

O processo de extradição para os Estados Unidos do narcotraficante mexicano Joaquín “El Chapo” Guzmán teve início neste domingo (10) depois que a Interpol México executou formalmente duas ordens de prisão, informou a Procuração Geral.

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Uma fonte da procuradoria, que não quis ser identificada, informou à AFP que Guzmán já foi notificado sobre o início do processo de extradição para os Estados Unidos, onde enfrenta acusações de tráfico de drogas em meia dúzia de estados.

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Guzmán, no entanto, informa o comunicado da procuradoria, tem a possibilidade de recorrer da decisão. Agora corresponde à procuradoria apresentar a parte probatória do procedimento a fim de os juízes encarregados emitam sua opinião jurídica.

A extradição do narcotraficante mexicano vai demorar pelo menos um ano, mas se seus advogados optarem por uma estratégia combativa poderia durar até quatro ou seis anos, afirmou o Ministério Público Federal do México. “Estimo que o processo deve durar um ano ou mais”, afirmou à Radio Fórmula José Manuel Merino Madrid, diretor de Assuntos Internacionais da acusação.

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Atraído por sua ambição de protagonizar um filme, Joaquín “El Chapo” Guzmán, o narcotraficante mais procurado do mundo até sua recaptura da sexta-feira, voltou à prisão da qual escapou há seis meses.

O mexicano especialista em construções de túneis para o tráfico de drogas e fugas foi preso pela segunda vez em uma estrada da cidade costeira de Los Mochis, Sinaloa (noroeste), sua terra natal, após fugir de um confronto entre militares e seus pistoleiros, que deixou cinco supostos delinquentes mortos.

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Correndo pelo sistema de drenagem de Los Mochis, “El Chapo” foi finalmente detido na companhia de seu chefe de segurança, Orso Iván Gastelum, e transferido de helicóptero à penitenciária Altiplano, localizada a 90 km da capital mexicana.

Desta prisão considerada de segurança máxima, “El Chapo” fugiu na noite de 11 de julho por um túnel com entrada no chuveiro de sua cela, cavado durante meses, com uma extensão de mais de 1,5 km, percorridos em minutos a bordo de uma motocicleta adaptada para trilhos.

A seis meses dessa fuga que representou uma dura humilhação para o governo do presidente Enrique Peña Nieto, o traficante foi recapturado em parte por seu desejo de se imortalizar nas telas de cinema.

“Um aspecto importante que permitiu precisar sua localização foi o de ter descoberto a intenção de Guzmán Loera de fazer um filme biográfico”, disse a procuradora-geral Arely Gómez, que detalhou, inclusive, que Guzmán havia contactado atrizes e produtores.