Marcado nos últimos anos pelos casos de assassinatos e tiroteios atribuídos ao narcotráfico, o México espera que hoje a única notícia seja a grande celebração pelo bicentenário do início do movimento de independência nacional, com atos voltados para mostrar a riqueza histórica do país.

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Foram preparados grandes atos na Cidade do México, como um desfile de 27 carros alegóricos, shows com artistas locais, além de um grande espetáculo de fogos de artifício. A festa deve ser encerrada pelo tradicional "grito", quando o presidente Felipe Calderón recordará o chamado do padre Miguel Hidalgo, em 1810, que deu início à luta pela independência do domínio da Espanha.

"Ninguém vai nos tirar o direito de celebrar com prazer", disse ontem Alonso Lujambio, secretário da Educação Pública e coordenador da festa, ao ser questionado sobre algum possível temor por causa da insegurança.

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As festas se realizarão em meio a um forte esquema de segurança, com milhares de policiais, detectores de metal e helicópteros que sobrevoarão a zona central da capital, onde a maioria das ruas estará fechada para os carros. Estima-se que mais de 1 milhão de pessoas participem dos festejos apenas na capital.

O governo prometeu que a festa na capital será o maior evento comemorativo na história do país. Em 2008, as comemorações da data foram obscurecidas por um ataque com granadas que deixou oito mortos e 106 feridos em Morelia, no oeste do país.

As celebrações continuam amanhã, com uma visita de Calderón a Dolores Hidalgo, no Estado de Guanajuato, centro do país, onde o padre Hidalgo conclamou a população a lutar pela independência, o que acabou ocorrendo em 1821. O presidente voltará à Cidade do México amanhã, para um desfile militar. Além das forças locais, participarão contingentes de 16 exércitos estrangeiros.