As autoridades mexicanas reduziram para 11 o número de pessoas desaparecidas por causa de um deslizamento de terra ocorrido na terça-feira em Oaxaca (sul), depois de inicialmente informarem que centenas de moradores estariam soterrados.
O governador de Oaxaca, Ulises Tuiz, e membros da Defesa Civil haviam dito na manhã de terça-feira que cerca de 300 casas tinham sido arrastadas pelo lodo na montanhosa localidade de Santa María Tlahuitoltepec Mixe.
A notícia provocou uma grande mobilização, e mais de 400 membros das equipes de resgate chegaram à pequena cidade, apesar do mau tempo e das condições precárias das estradas. Descobriram então que só duas casas haviam sido soterradas.
"Não há nenhuma morte confirmada", disse Ruiz à noite à rede Televisa. "Só se fala em 11 desaparecidos."
Pela manhã, Ruiz havia estimado que até mil pessoas poderiam estar soterradas. "Não tínhamos informação exata, mas se iniciou toda a operação de mobilização", justificou ele depois.
À tarde, o presidente Felipe Calderón disse que o governo estava estudando os problemas causados pelas chuvas. "Estamos muito consternado por essa tragédia, muito tristes", declarou a jornalistas no seu avião.
Pelo Twitter, o presidente acrescentou que "o comandante da região que chegou a pé com 30 soldados relata sérios danos, mas talvez não da magnitude estimada inicialmente".
O deslizamento ocorreu durante a madrugada na remota localidade de 9 mil habitantes, a maioria deles agricultores indígenas.
As autoridades afirmaram que Santa María Tlahuitoltepec Mixe estava praticamente sem comunicações devido à queda de barreiras em estradas e à destruição de algumas pontes. Havia também problemas no fornecimento de energia.
A América Central e parte do México têm sofrido com intensas chuvas nas últimas semanas por causa da passagem de tempestades tropicais no Golfo do México. Dezenas de pessoas morreram.
Cafeicultores de Oaxaca disseram na terça-feira que as chuvas podem reduzir em até 20% a sua colheita na safra de 2010/11.