O número de homicídios no México, supostamente relacionados com o crime organizado, chegou a 4.249 nos primeiros quatro meses do Governo de Enrique Peña Neto, um número 14% inferior ao registrado entre dezembro de 2011 e março de 2012, informou nesta quarta-feira (10) a Secretaria de Governo (Interior).
Em entrevista coletiva, o subsecretário mexicano de Governo, Eduardo Sanchéz, revelou que desde que Peña Nieto assumiu o poder, em 1° de dezembro, até finais de março foram registrados 685 homicídios dolosos a menos do que no ano anterior.
Com relação ao quadrimestre anterior (de agosto a novembro de 2012), a diminuição de mortes supostamente vinculadas com o crime organizado caiu 17%, acrescentou o alto funcionário.
No primeiro balanço em matéria de segurança oferecido pela atual Administração, Sánchez indicou que nos primeiros quatro meses morreram 184 servidores públicos vinculados com tarefas de segurança.
Com relação aos sequestros, o balanço indicou que de dezembro a março passado ocorreram 551 casos, o que implica em uma diminuição de 25% com relação ao quadrimestre anterior.
Sánchez assinalou que durante este período, foram detidos 41 dos 121 delinquentes considerados "alvos prioritários" pelo Governo e disse que outros três foram "abatidos".
O funcionário também ofereceu números sobre confiscos de armas registrados de dezembro a março: 3.145 longas, 1.547 curtas, mais de 600 mil cartuchos e mais de 500 granadas, e detalhou as apreensões de drogas registradas.
O titular de Interior, Miguel Ángel Osorio Chong, destacou que se trata de "dados concretos validados" pelas instituições encarregadas da segurança tanto em nível federal como estadual.
Chong afirmou que essas são as tendências, embora tenha assegurado que "é muito cedo para assumir atitudes triunfalistas" pelos descensos registrados nos indicadores que consideram mais importantes.
O ministro acrescentou que durante a presente Administração, o Governo fará um manejo transparente dos números e reconheceu que ainda falta muito por fazer para dar os resultados que os cidadãos exigem.
A segurança é o tema prioritário para o Governo, que seguirá trabalhando "com estratégia, coordenação, paixão e entrega" para que estes índices sigam descendo, disse Chong, que lembrou que ao cumprir um ano de mandato, fará uma "avaliação integral" deste assunto.
Segundo números oficiais, cerca de 70 mil pessoas faleceram em ações vinculadas ao crime organizado durante o mandato anterior de Felipe Calderón (2006-2012), que lançou um combate frontal aos cartazes das drogas com a participação de milhares de militares em trabalhos de segurança pública que habitualmente correspondiam à polícia.