O governo do México suspendeu temporariamente nesta sexta-feira (26) o acordo que suprime a exigência de visto em passaportes comuns para cidadãos do Brasil, devido ao aumento de casos de tráfico de pessoas e imigração ilegal aos Estados Unidos tendo o país vizinho como porta de entrada.
Em comunicado conjunto, as Secretarias de Governo e Relações Exteriores disseram que a medida entrará em vigor em 11 de dezembro.
“Esta decisão se deve ao aumento dos fluxos (migratórios) irregulares e ao fato de que, lamentavelmente, grupos criminosos lucram, com base na ludibriação, com o interesse de cidadãos brasileiros em emigrar irregularmente para os Estados Unidos através do México”, diz a nota.
O texto acrescenta que, em vista da “facilidade com que o acordo mencionado foi concedido”, ele estava sendo utilizado “para fins diferentes daqueles para os quais foi originalmente estabelecido”. Com isso, cidadãos brasileiros ficariam “em um ambiente de grande vulnerabilidade, particularmente mulheres e crianças”.
O acordo entre os governos mexicano e brasileiro para suspender a cobrança de vistos nos passaportes comuns foi assinado em Brasília em 23 de novembro de 2000 e entrou em vigor em 7 de fevereiro de 2004.
De acordo com o comunicado das duas secretarias mexicanas, o país “decidiu adotar esta importante decisão, sem prejudicar o legítimo intercâmbio de fluxos de cidadãos de ambos os países para fins turísticos, culturais e comerciais”.
As pastas especificaram que o governo mexicano “concederá facilidades migratórias aos que entrarem no país por via aérea”, por meio do preenchimento antecipado de um formulário conhecido como autorização eletrônica, que pode ser obtido nos portais da Secretaria de Relações Exteriores e do Instituto Nacional de Migração.
As autoridades também informaram que os brasileiros que viajam ao México por terra ou mar, de acordo com a regulamentação vigente, “devem solicitar o visto físico correspondente junto às autoridades consulares mexicanas”.
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